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Condições de criação de moeda do Facebook não são boas, diz França

Libra, criptomoeda do Facebook, poderá ser usada para realizar condições dentro das plataformas digitais

atualizado

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O ministro de Economia e Finanças da França, Bruno Le Maire, disse nesta quarta-feira (17/07/2019) que a criação de criptomoedas estará no foco do encontro entre ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G7, grupo que reúne as sete economias mais avançadas do mundo. Conversando com repórteres às margens do encontro, em Chantilly, na França, Le Maire afirmou que as condições para a criação da Libra, criptomoeda do Facebook e de mais outras empresas, não estão satisfatórias neste momento.

Le Maire também apontou que a a criptomoeda não pode se transformar em soberana. “Uma de nossas prioridades na reunião de hoje é conter os riscos colocados por novas moedas, como a Libra, do Facebook”, afirmou o ministro francês. Além disso, Le Maire apontou que o encontro financeiro do G7 será palco de debates sobre impostos aplicados a empresas de tecnologia, uma vez que há um desacordo entre a França e os Estados Unidos após Paris implementar um imposto de 3% sobre o faturamento de giant techs em solo francês.

De acordo com Le Maire, chegar a um acordo tributário digital será difícil, dado que a posição dos EUA se tornou “mais dura”. O ministro, contudo, disse que o debate sobre o tema no G7 será decisivo, embora tenha ressaltado que não haverá um imposto global sem um acordo entre os membros do grupo. O ministro assegurou que a França está disposta a cancelar a taxa de 3% se um acordo global sobre a avaliação das gigantes de tecnologia for alcançado.

“Vamos convidar [o secretário do Tesouro dos EUA, Steven] Mnuchin a acelerar os esforços para definir a taxação do século 21, invés de ameaçar com sanções e represálias que não são as melhores políticas entre aliados”, disse o francês. Após a imposição do imposto francês, os EUA iniciaram uma investigação sobre a taxa, que deve afetar, principalmente, empresas como Google, Amazon, Facebook e Apple.

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