O Produto Interno Bruto (PIB) da França avançou 0,2% no terceiro trimestre deste ano, na comparação com os três meses anteriores. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (30/11) pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Estudos Econômicos (Insee).
O resultado representa uma desaceleração da economia francesa em relação ao segundo trimestre. No período entre abril e junho, o PIB do país cresceu 0,5%.
A alta de 0,2% no terceiro trimestre, contudo, veio em linha com as expectativas do mercado. O consenso Refinitiv projetava um crescimento de 0,2% no período.
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O consumo das famílias francesas registrou um recuo de 0,1% (ante alta de 0,4% no segundo trimestre). Os gastos do governo aumentaram 0,5% (queda de 0,1% no trimestre anterior).
Houve um crescimento significativo das importações, de 3,5% (1,6% no segundo trimestre). As exportações também avançaram (2%, ante 0,9% entre abril e junho).
O peso da França e sua importância para o Brasil
A França é a segunda maior economia da União Europeia, atrás apenas da Alemanha. O país tem o sexto maior PIB do mundo, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), superado por Estados Unidos, China, Japão, Alemanha e Reino Unido.
De acordo com dados do Banco Central (BC), o investimento francês no Brasil somou US$ 32,25 bilhões (R$ 171 bilhões) em 2020, o que corresponde a 6% do total investido no setor produtivo por outros países. Os franceses só investiram menos no Brasil do que Estados Unidos e Espanha.
O comércio com a França também está em alta. Segundo o Ministério da Economia, as exportações do país para os franceses aumentaram 18,3% em 2022, somando R$ 1,8 bilhão até julho.
A França é o 26º país no ranking de maiores compradores do Brasil, à frente de nações como Rússia, Uruguai e África do Sul.
Inflação
Com dados preliminares divulgados nesta quarta, a taxa de inflação na França em novembro atingiu 6,2% na base anual, mesmo resultado de outubro.
O dado veio praticamente em linha com as projeções de economistas consultados pelo Wall Street Journal, que estimavam uma inflação de 6,1% neste mês.
Em relação a outubro, o dado preliminar de inflação foi de 0,4% (ante 1% do mês anterior).
Entretanto, o núcleo de inflação acelerou para 5% em novembro, ante 4,5% de outubro.
