Bolsas da Ásia e Europa têm alta após afrouxamento de restrições

Alguns países do velho continente estudam reverter as medidas adotadas durante o período de auge do combate à pandemia de coronavírus

Estadão Conteúdo
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Os mercados internacionais têm alta generalizada na manhã desta terça-feira (14/04) após países europeus apontarem uma possível política de afrouxamento de restrições em relação ao isolamento social na Europa. Alguns países do velho continente estudam reverter as medidas adotadas durante o período de auge do combate à pandemia do novo coronavírus, causador da Covid-19.

Itália e Espanha estão se mobilizando para levantar algumas das restrições impostas por causa do coronavírus, uma vez que os números de casos e mortes pela Covid-19 vêm dando sinais de desaceleração. Já nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump, disse que seu governo está muito perto de concluir um plano para reabrir a economia americana, visto que o coronavírus aparentemente também se aproxima de seu pico no país.

Além disso, outra notícia positiva animou os investidores, o que, consequentemente, eleva o ânimo nos índices dos mercados financeiros. A divulgação de dados da balança comercial da China apresentou informações melhores que o esperado. As exportações chinesas caíram 6,6% na comparação anual de março, após terem baixado 17,2% no período de janeiro e fevereiro, mostraram dados da Administração Geral de Alfândegas da China.

Economistas consultados pelo Wall Street Journal projetavam um recuo de 15,9% em março. Já as importações chinesas se retraíram 0,9% no mesmo intervalo — nos primeiros dois meses do ano, o declínio foi de 4%. A projeção era de queda de 10% em março.

O superávit comercial geral do país chegou a US$ 19,9 bilhões em março, comparado com um déficit de US$ 7,09 bilhões no período de janeiro e fevereiro e expectativas de um superávit de US$ 21 bilhões para o mês passado.

Mercados internacionais

Na China continental, o índice Xangai Composto subiu 1,59%, a 2.827,28 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 2,22%, a 1.745,42 pontos.

Em outras partes da região asiática, o japonês Nikkei saltou 3,13% em Tóquio, a 19.638,81 pontos, impulsionado por ações dos setores de eletrônicos e varejista, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 1,72% em Seul, a 1.857,08 pontos, e o Taiex registrou alta de 2,31% em Taiwan, a 10.332,94 pontos.

Na Bolsa de Hong Kong, que retomou operações após o feriado de Páscoa, o Hang Seng subiu 0,56%, a 24.435,40 pontos. Na Oceania, o mercado australiano também só retornou nesta terça do feriado de Páscoa e o índice S&P/ASX 200 se valorizou 1,87% em Sydney, a 5.488,10 pontos, atingindo seu maior patamar desde 13 de março.

Na Europa, às 4h10 no horário de Brasília, a Bolsa de Londres subia 0,14%, a de Frankfurt avançava 1,17% e a de Paris se valorizava 0,47%. Em Milão, Madri e Lisboa, os ganhos eram de 0,57%, 1,06% e 1,33%, respectivamente.

Petróleo

Os contratos futuros do petróleo operam sem direção única na madrugada desta terça-feira, mantendo o padrão da sessão anterior, após o Departamento de Energia (DoE) americano prever nessa segunda-feira (13/04) que a produção da commodity nos EUA cairá 183 mil barris por dia (bpd) em maio, a 8,526 milhões de bpd, em meio à pandemia do novo coronavírus.

No fim de semana, a Opep+ – grupo formado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e dez aliados, incluindo a Rússia – fechou um acordo histórico que prevê um corte adicional de 9,7 milhões de barris por dia (bpd) em sua oferta até o fim de junho. Às 4h48 (de Brasília), o petróleo WTI para maio caía 0,49% na New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 22,30 o barril, enquanto o petróleo Brent para junho subia 0,54% na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 31,91 o barril.

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