metropoles.com

Deputados da Argentina aprovam legalização do aborto

Medida ainda precisa ser analisada por senadores. Votação foi acompanhada por manifestantes favoráveis e contrários à proposta

atualizado

Compartilhar notícia

aborto oklahoma
1 de 1 aborto oklahoma - Foto: null

A Câmara dos Deputados da Argentina aprovou nesta quarta-feira (14/06) por 129 votos a favor, 125 contra e 1 abstenção o projeto de lei que descriminaliza o aborto, em uma sessão histórica que durou cerca de 22 horas e meia.

De acordo com o projeto, o aborto poderá ser feito em até 14 semanas de gestação. Depois deste prazo, a interrupção da gravidez só poderá ser realizada em casos de estupro, se representar um risco para a vida e a saúde da mãe e também se o feto tiver alguma malformação “incompatível com a vida extrauterina”.

A votação terminou com aplausos dos deputados que defendiam a interrupção voluntária da gravidez. O texto segue agora para o Senado.

Milhares de argentinos viraram a noite de quarta na praça em frente ao Congresso. Todos estavam preparados para enfrentar o frio de 5 graus: fizeram fogueiras, montaram barracas e dançaram, ao som de tambores, pedindo aos legisladores o direito a um “aborto livre, gratuito e seguro”. Representantes do movimento contra a legalização também estavam presentes.

Os manifestantes eram informados a respeito do andamento da votação no interior da Câmara e em certo momento, um grupo de deputadas defensoras do aborto legal convocaram uma coletiva às 7h30 pedindo ao presidente, Mauricio Macri, alguma ação para impedir o fracasso da iniciativa na Câmara.

Após 23 horas de debate, o parlamento argentino aprovou enfim um projeto cujo lema é “educação sexual para decidir, métodos anticoncepcionais para não abortar e aborto legal para não morrer”.

Há dois meses, no ato da criação do texto, apenas 72 deputados decidiram por levar o projeto adiante, permitindo a entrada do tema na agenda legislativa de 2018.

Desde 2007, sete projetos de lei legalizando o aborto foram apresentados. Este foi o primeiro a ser votado. O documento prevê o direito de mulheres realizarem o aborto em gestações até 14 semanas. Após esse tempo, a legalidade será apenas para casos de estupro, se a vida e saúde da mãe estiverem em risco ou se o feto sofrer uma malformação incompatível com a vida fora do útero.

Segundo o presidente Mauricio Macri, esse é um debate necessário que foi “postergado durante 35 anos”. Apesar de apoiar uma discussão “madura” sobre um assunto polêmico, Macri é pessoalmente contra o aborto. Os antecessores dele também.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?