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Começa neste domingo a COP27, da ONU; Lula é esperado no Egito

Durante o evento que ocorre no Egito, acordos para a área ambiental serão firmados e devem ser fiscalizados, dizem especialistas

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Ernesto Carriço/NurPhoto via Getty Images
Fotografia colorida de Floresta amazonica incendio desmatamento crime
1 de 1 Fotografia colorida de Floresta amazonica incendio desmatamento crime - Foto: Ernesto Carriço/NurPhoto via Getty Images

A 27ª conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 27, começa neste domingo (6/11) em Sharm el Sheikh, no Egito, com a participação de representantes de mais de 150 países. Entre eles, o Brasil.

Além dos enviados pelo governo federal, a presença do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de aliados é esperada no encontro. De acordo com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, Lula deve viajar ao Egito.

Parlamentares estarão entre a comitiva. De acordo com o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, até o momento, o presidente da Câmara dos Deputados,  Arthur Lira (PP-AL), autorizou que 15 deputados integrem o grupo. A maior parte deles é filiada a partidos aliados a Lula.

Durante a COP26, em Glasgow, no Reino Unido, o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), que se encerra no dia 31 de dezembro de 2022, fechou acordos importantes para proteção do meio ambiente, como a neutralização de dióxido de carbono até 2028, redução das emissões de metano em até 30% e o compromisso para reverter a perda florestal e a degradação do solo até 2030.

Entretanto, a gestão atual não executou ações concretas para cumprir os acordos e chega ao Egito sem apresentar bons resultados sobre a preservação do meio ambiente e a redução de gases de efeito estufa.

Entre os dados da gestão Bolsonaro, estão o aumento de 12,2%, em 2021, de emissões de gases de efeito estufa segundo a 10ª edição do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima (Seeg).

Relatório do Seeg aponta também que 81% das emissões de metano são oriundas dos incêndios florestais que acontecem nas áreas desmatadas, em 2020.

Em nota encaminhada ao Metrópoles, o Ministério do Meio Ambiente informou que o Brasil chegará à COP27 com o intuito de demonstrar o potencial brasileiro na geração de excedente de energias verdes. Além disso, o governo federal participará de encontros com lideranças mundiais sobre o mercado de carbono; financiamento climático para mitigação e adaptação.

 

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Expectativas para a COP27

De acordo com ambientalistas, a COP27 será o lugar onde o Brasil mostrará que vai discutir novamente a questão climática e estará aberto para negociações sobre o tema. Além disso, a possível participação do presidente eleito, Lula, demonstra o compromisso do novo governo, dizem especialistas.

“Então, há uma enorme expectativa da participação nessa COP, há um grande interesse do mundo no Brasil até por conta destes últimos três quatro anos em que o país esteve praticamente ausente dessas discussões mais aprofundadas”, afirma André Guimarães. “Essa expectativa em torno do Brasil pode reverter investimentos a serem feitos para coibir o desmatamento, promover atividades mais sustentáveis, e ter, e atingir, então, as suas metas de redução de emissão que estão estabelecidas”, acrescenta.

O diretor-executivo da SOS Mata Atlântica, Luís Fernando Guedes, afirma que a participação do presidente eleito, Lula, na COP27 poderá ampliar os debates em torno da proteção do meio ambiente e da conservação da Amazônia.

“Lula vai sentar com o Biden [presidente dos Estados Unidos], ele vai muito mais em uma missão diplomática de apresentar um novo país,[ele] é muito mais diplomático. Que tem interesse em retomar a ação do país”, reforça.

André Guimarães destaca a importância da fiscalização dos acordos que podem ser firmados entre o novo governo na questão ambiental.

“A postura da sociedade civil é de esperança com a mudança nos ventos do governo, mas deve ser uma postura de crítica. Ou seja, se o governo prometer e não cumprir, a sociedade civil tem que estar atenta para poder criticar”, afirma.

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