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Bolsonaro questiona números da pandemia: “Não são confiáveis”

Sem apresentar dados, presidente disse que os efeitos do combate à pandemia podem matar mais pessoas do que o próprio vírus

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Presidente Jair Bolsonaro faz revisão em sua moto na concessionária Freedom do sia, na manhã desse sábado (30/1).
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro faz revisão em sua moto na concessionária Freedom do sia, na manhã desse sábado (30/1). - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a questionar números da pandemia, dizendo que alguns deles “não são confiáveis”. Ele, porém, não apresentou dados para comprovar suas alegações. O mandatário da República agradecia aos caminhoneiros pela baixa adesão na paralisação convocada para a última segunda-feira (1º/2), afirmando que a greve prejudicaria todo o país.

“Nós reconhecemos o trabalho dos caminhoneiros, e agradeço aqui a não adesão à greve, porque, se houvesse, todos nós perderíamos, sem exceção. O Brasil não pode parar. Não podemos esquecer a tal da pandemia, que ainda existe. Se bem que alguns números não são confiáveis”, afirmou o chefe do Executivo, em evento nesta quinta-feira (4/2), no Paraná.

Ele prosseguiu afirmando que é preciso enfrentar os problemas e citou como exemplo sua mãe, Olinda, que tem 93 anos e está no grupo de risco da Covid-19.

“E uma coisa, tem uma passagem bíblica que bem diz: você não pode ser fraco no momento da angústia, que vai mostrar que você não tem personalidade. Devemos enfrentar os problemas. Eles existem. Nós somos passageiros aqui na Terra. Todos nós iremos embora um dia, obviamente nós lamentamos as mortes”, ressaltou.

“Minha mãe tem 93 anos de idade, é uma senhora. Nós sabemos que, mais cedo ou mais tarde, ela nos deixará. Tenho certeza de que vou chorar neste dia, como qualquer um de vocês quando perde um pai, uma mãe, um parente ou um amigo, mas é uma realidade. Não podemos parar o Brasil por isso.”

Segundo Bolsonaro, o efeito do combate à pandemia pode ser mais danoso do que o próprio vírus. “Alguns já dizem que o efeito do combate à pandemia pode matar mais gente que o próprio vírus. Todos nós temos responsabilidade, não é fácil para mim, para um governador ou para um prefeito tomar certas decisões, mas temos que tomar. O que eu sempre digo: nós sabemos que pior que uma decisão mal tomada é uma indecisão”, concluiu.

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Agenda

O presidente participou nesta quinta-feira de cerimônia de inauguração do Centro Nacional de Treinamento de Atletismo, em Cascavel (PR). À tarde, tem agenda em Florianópolis (SC). O regresso a Brasília está previsto para o fim da tarde desta quinta.

Acompanham o chefe do Executivo na agenda os ministros da Cidadania, Onyx Lorenzoni; do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno; e da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. Também estiveram presentes o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, e o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP), que é do Paraná.

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