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Quanto a mãe de Gabriel Medina ganhou com 25% da empresa do filho

Gabriel Medina encerrou negócios com a mãe e com o padrasto em agosto, em meio a uma briga familiar que teve Yasmin Brunet como pivô

atualizado

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Gabriel Medina e a mãe
1 de 1 Gabriel Medina e a mãe - Foto: Reprodução

São Paulo – Três casas em Maresias, um Audi Q5, um Hyundai HB20 e uma moto Agrale. Esse foi o patrimônio adquirido pela empresária Simone Medina, mãe do surfista Gabriel Medina, nos últimos 20 anos enquanto gerenciava a carreira do filho.

Só que o Audi Q5 (avaliado em R$ 315 mil) e os imóveis (comprados por R$ 1,6 milhão) não foram o ápice da vida financeira de Simone. Para encerrar de vez a parceria com o filho na SGM Esportes, empresa que fundaram juntos em 2014, Simone acertou, em agosto, o recebimento de R$ 5,5 milhões dos lucros acumulados da empresa que tocaram juntos.

Por esse valor, ela repassou a participação acionária que detinha (25%) para Gabriel.

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O fim dos negócios empresariais da família Medina ocorreu depois de uma sequência de brigas iniciadas desde que o surfista se casou com a modelo Yasmin Brunet no começo do ano. As brigas da família Medina foram detalhadamente reveladas pelo colunista do Metrópoles Leo Dias.

Até a ruptura, a carreira rendeu frutos valiosos para a família. Segundo levantamento feito pelo Metrópoles em cartórios do estado de São Paulo, Simone comprou uma casa por R$ 300 mil em 2014, uma propriedade por R$ 1 milhão em 2015 e outro imóvel em 2017 por R$ 300 mil – todas as propriedades ficam em Maresias, distrito da cidade de São Sebastião, no litoral de São Paulo, onde Gabriel e os irmãos foram criados.

Duas dessas casas da matriarca já foram vendidas. A primeira, comprada em 2014, foi revendida ao irmão de Simone, Jaime, em 2018 por R$ 650 mil. Depois da crise com o filho, Simone também vendeu em julho, por R$ 860 mil, o imóvel comprado em 2017.

Os investimentos imobiliários da matriarca, no entanto, ficam bem abaixo do patrimônio de imóveis do filho. Gabriel comprou uma mansão também em Maresias, por R$ 3,5 milhões, em setembro de 2019, por sua holding patrimonial. Desde 2016, ele também construiu um condomínio com seis casas na beira da praia, pelas quais declarou um investimento equivalente a R$ 7,7 milhões na empreitada.

Assim como a mãe, o padrasto de Gabriel, Charles Saldanha Rodrigues, que era treinador do atleta, deixou de ser sócio do surfista em agosto. Eles comandavam uma holding e a empresa que construiu o condomínio na beira da praia. Nos contratos que encerraram a parceria com o surfista, Charles declarava não ter mais nada a receber das empresas.

“O sócio Charles Rodrigues declara nada mais ter a receber ou reclamar, a qualquer título, da Sociedade”, diz um documento.

A família teve discussões extrajudiciais para fazer uma partilha patrimonial, de acordo com o advogado Flávio Ulian, que representa a matriarca. Até agora, nenhum imóvel teve registrada transferência de propriedade.

Para além das mágoas e da lavagem pública de roupa suja, o rompimento motiva discussões jurídicas sobre as consequências de disputas em negócios familiares. Teria Simone mais direitos na partilha do patrimônio acumulado como empresária e mãe do atleta?

“Isso se resolve dentro do que foi acertado entre as partes. Se a mãe foi má gestora, pode responder civilmente. Se o lucro dos envolvidos foi compactuado, houve autonomia da vontade das partes a não ser que o filho diga que foi forçado ou coagido”, avalia o jurista Sílvio Venosa, desembargador aposentado e autor da coleção de livros Direito Civil, dividida em sete volumes.

Depois da ruptura com a mãe e com o padrasto, Gabriel Medina conquistou em 14 de setembro o tricampeonato de surfe, em Trestles, na Califórnia, nos Estados Unidos. Mas quando o surfista perdeu a medalha de bronze nas Olímpiadas de Tóquio, em julho deste ano, internautas pediram que o padrasto voltasse a treiná-lo.

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