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Heroína no Mar Egeu, síria Yusra Mardini encanta mundo nas Olimpíadas

Ela foi 41ª colocada nos 100 metros borboleta e 45ª nos 100m livre. História da garota de 18 anos ganhou ainda mais repercussão depois que ela foi escolhida para ser a porta-bandeira da delegação de refugiados

atualizado

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1 de 1 yusra - Foto: Reprodução/YouTube

A síria Yusra Mardini disputou duas provas da natação nos Jogos do Rio. Foi 41ª colocada nos 100 metros borboleta e 45ª nos 100m livre. Mesmo assim, deixa as Olimpíadas com o mesmo status de quando começou: o de heroína. Há um ano, ela foi notícia no mundo todo quando ajudou a salvar 18 refugiados que tentavam cruzar o Mar Egeu, entre a Grécia e a Turquia, em um bote. O motor parou no meio da travessia, e apenas ela, a irmã e mais três pessoas sabiam nadar. Todos empurraram o barco até terra firme.

A história da garota de 18 anos ganhou ainda mais repercussão depois que ela foi escolhida para ser a porta-bandeira da delegação de refugiados que foi convidada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) a participar dos Jogos do Rio. Agora, apesar do desempenho fraco nas piscinas do Estádio Aquático, o que já era esperado, ela pretende voltar ainda mais forte para nadar nas Olimpíadas de Tóquio, em 2020.

“Muitas pessoas me mandaram mensagens sobre o que estão fazendo para ir em busca do seu sonho e dizendo que elas me têm como ídolo agora. Então fico realmente feliz e sei que tenho uma grande responsabilidade agora”, afirmou a atleta, projetando novas braçadas. “Vou continuar nadando. Eu espero estar na próxima Olimpíada, mas não quero ser tão lenta na piscina como fui agora. Eu quero ganhar uma medalha, então preciso treinar forte.”

Como qualquer outro atleta, Yusra Mardini conta que ficou muito nervosa pela expectativa de nadar contra os melhores do mundo e diante da torcida. “Eu fiquei realmente estressada. Eu pensei muito sobre essa prova e fiquei imaginando um monte de coisas, o que acabou me deixando com uma sensação ruim. Acho que era muita gente me observando para ver como eu iria nadar. Foi difícil”, reconheceu.

Mal sabia ela que as pessoas não estavam ali para avaliar seu desempenho, mas para ver a menina que não só nadou em busca da liberdade como também nadou para salvar muita gente e servir de exemplo para o mundo. Na realidade, Yusra não percebeu que já tinha entrado na piscina com uma medalha de ouro.

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