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Uefa abre investigação e nega ordem para confiscar bandeira LGBTQIA+

A entidade se defende das acusações de ter sido conivente e diz que jamais “deu indicações aos seguranças do estádio de Baku”

atualizado

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Matthias Hangst/Getty Images
torcedor bandeira LGBTQIA+ Eurocopa
1 de 1 torcedor bandeira LGBTQIA+ Eurocopa - Foto: Matthias Hangst/Getty Images

Pressionada após a repercussão das imagens de seguranças tomando uma bandeira LGBTQIA+ das mãos de um torcedor, a Uefa divulgou um comunicado para afirmar que está investigando o caso, registrado durante a partida entre Dinamarca e República Tcheca, pelas quartas de final da Eurocopa, em Baku, no sábado (3/7). No texto, a entidade se defende das acusações de ter sido conivente e diz que jamais “deu indicações aos seguranças do estádio de Baku, ou de qualquer outro estádio, para confiscarem bandeiras com o arco-íris”.

A Uefa relatou, também, que o torcedor que teve a bandeira confiscada “estava embriagado” e que “alguns torcedores locais estavam ficando agressivos para com ele”. Isso teria motivado a intervenção dos seguranças que aparecem nas imagens. Ainda segundo o comunicado, a bandeira foi devolvida ao torcedor, mas o confisco não foi justificado.

“A bandeira do arco-íris é um símbolo que representa os valores fundamentais da Uefa, promovendo tudo aquilo em que acreditamos — uma sociedade mais justa e igualitária, tolerante com todos e a Uefa garantiu que a bandeira fosse devolvida ao torcedor”, diz outro trecho da nota.

A exibição do símbolo com as cores do arco-íris vem causando polêmica desde o início da Eurocopa, já que o torneio começou justamente em junho, quando é celebrado o Mês do Orgulho LGBTQIA+. Diante desse cenário, foram articuladas algumas mobilizações para dar visibilidade à causa durante a disputa das partidas, e alguns episódios terminaram em polêmica.

Ainda durante a fase de grupos, o goleiro alemão Manuel Neuer usou a braçadeira de capitão com as cores do arco-íris na vitória por 4 x 2 sobre Portugal, no dia 19 de junho. Um dia depois, a Uefa disse que chegou a abrir uma investigação contra o goleiro, mas arquivou a apuração após a conclusão de que a atitude tinha “uma boa causa”.

Em outro episódio, a entidade recusou o pedido do prefeito de Munique, Dieter Reiter, para iluminar a Allianz Arena com as cores do arco-íris antes da partida entre Alemanha e Hungria. A justificativa foi de que a Uefa tinha o compromisso de se manter “politicamente neutra”, já que o ato proposto por Reiter era um protesto contra uma lei anti-LGBTQIA+ aprovada na Hungria.

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