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Em julgamento, ex-presidente da Conmebol nega recebimento de propina

A defesa do paraguaio Juan Angel Napout tentou mostrar que seu cliente não recebia propinas do esquema de corrupção no “Caso Fifa”

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1 de 1 futebol-bola-840×577 - Foto: PIXABAY

A advogada Silvia Pinera Vazquez, que defende o paraguaio Juan Angel Napout, ex-presidente da Conmebol e da Associação Paraguaia de Futebol, tentou nesta terça-feira (12/12), na Corte do Distrito Leste de Nova York, mostrar que seu cliente não recebia propinas do esquema de corrupção que envolveu ex-dirigentes no julgamento do “Caso Fifa”, entre eles o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, e Manuel Burga, ex-presidente da Federação Peruana de Futebol.

Silvia Pinera Vazquez questionou o agente Steve Berryman, do IRS, órgão federal do governo dos Estados Unidos equivalente à Receita Federal no Brasil, se entre as dez contas bancárias de Juan Angel Napout identificou recebimento de transferência internacional de recursos, que ele admitiu que não conseguiu fazê-lo. Ao mesmo tempo, ela mostrou um documento no qual comprovava que seu cliente fez pagamentos à Fifa, mas para a compra de ingressos para assistir jogos da Copa do Mundo de 2014 no Brasil.

A advogada de Napout tentou estabelecer uma analogia entre pessoas que receberam recursos via transferências financeiras. Ela mostrou um diagrama em forma de circulo que envolvia a empresa offshore Flemick, de propriedade de Luis Bedoya, ex-presidente da Federação Colombiana de Futebol. A Flemick foi criada para receber propinas, de acordo com depoimento já realizado na corte por Santiago Peña, ex-funcionário da empresa Full Play, companhia de marketing esportivo, que pagava subornos para autoridades internacionais de futebol.

No esquema gráfico demonstrado por Silvia Pinera Vazquez, a Flemick, de um lado, recebia recursos de algumas fontes internacionais e por outro lado também realizava pagamentos de dinheiros em esquemas de corrupção envolvendo o mundo do futebol

Em outro diagrama, a advogada de Juan Angel Napout exibiu um esquema parcial com o nome “Honda”, que faria referência a seu cliente, de acordo com informações obtidas em documentos de Santiago Peña. Contudo, este esquema apenas apresentava um único lado: no dia 27 de fevereiro de 2013, saia de “Honda” uma ordem de pagamento de US$ 150 mil para Mariano Jinkins, um dos responsáveis pela empresa Full Play, mas o esquema parava nesta etapa.

O agente Steve Berryman manifestou no tribunal que não concordava com a linha de raciocínio demonstrada por Silvia Pinera Vazquez, pois era parcial e não era compatível ao apurado pelas investigações do IRS que apuraram o suposto envolvimento de Napout, José Mária Marin e Manuel Burga em esquemas internacionais de corrupção envolvendo torneios de futebol.

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