Casagrande detona fala de presidente da CBF em reunião: “É um ditador”

"Tem pessoas morrendo em Brasília e sendo deixadas no chão porque o necrotério está lotado. Olha o tamanho do problema que temos", disse

Amanda Gil
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O presidente da CBF, Rogério Caboclo, deu uma declaração forte e polêmica durante uma reunião virtual com presidentes de clubes da Série A e B sobre a continuação do futebol em meio à pandemia. Após a repercussão da fala, o ex-jogador e comentarista Walter Casagrande reagiu chamando o dirigente de “ditador”.

“Tem pessoas morrendo em Brasília e sendo deixadas no chão porque o necrotério está lotado. Olha o tamanho do problema que temos no Brasil. Esses dirigentes não conseguem aceitar. São dois negacionistas, e o presidente da CBF está se mostrando um ditador”, disse Casagrande.

“É vergonhoso o que está acontecendo. O presidente da Federação Paulista e da CBF resolveram não respeitar nada. Não prestaram atenção no número de mortes que está acontecendo pelo país, falta de oxigênio e pessoas morrendo na fila por uma vaga de UTI”, criticou.

Para o ex-jogador do Corinthians, a manutenção do futebol é uma falta de respeito por parte dos presidentes dos clubes, também, afinal, segundo ele, falta sensibilidade de perceber a gravidade do momento que o Brasil vive na pandemia.

“Enquanto Jair Bolsonaro envergonha o país na parte política, o presidente da CBF envergonha o futebol brasileiro. Com ele não vamos perder de 7 x 1, vamos perder de 20 x 0. É uma vergonha o que esses caras estão fazendo. É uma falta de respeito e uma falta de solidariedade”, analisou Casagrande.

Fala de Caboclo

“Por gentileza, vamos pensar agora. Nós podemos parar o futebol? A Rede Globo não quer, eu tenho a segurança que não. Ninguém quer, seus patrocinadores não quererem. E, se parar, sabe quando nós temos a segurança de dizer que a gente pode voltar? Nunca. No dia que o governador do Mauricio (Galliote, presidente do Palmeiras) disser que pode, no dia que o prefeito de São Nunca disser que pode. Eu não vou estar à mercê de nenhum deles. Eu vou, Landim (Rodolfo, presidente do Flamengo), Galliote, todos os presidentes, eu vou mandar no futebol brasileiro. E vou determinar que vai ter competição, porque vocês estão fodidos se não tiver. Eu assumo o ônus por todos vocês”, afirmou o presidente da CBF.

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