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Após reduzir salários e demitir, Flamengo vê a reação em novo patrocinador

Um acordo com a Amazon deve render cerca de R$ 40 milhões por 18 meses de contrato

atualizado

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Dono do elenco mais caro do Brasil, o Flamengo conta com uma carta na manga para sair um pouco do aperto durante a paralisação do futebol causada pela pandemia do novo coronavírus O clube carioca está para fechar uma série de novos acordos de patrocínios e o principal deles será capaz de ajudar bastante nas contas. Um acordo com a Amazon deve render cerca de R$ 40 milhões por 18 meses de contrato.

A empresa da área de tecnologia vai pela primeira vez fechar a parceria com um time de futebol brasileiro, um indicativo de que vai passar a agir mais no mercado local. O acordo de patrocínio master terá início em julho e vai durar até o final de 2021, quando também terminará o mandato do atual presidente, Rodolfo Landim. A diretoria também articula outros patrocinadores para as mangas da camisa e atividades do esporte olímpico.

Mesmo ainda sem ter confirmado de forma oficial o acordo, o Flamengo sente o impacto das conversas com a Amazon já nos efeitos do comportamento da torcida. Em camelôs do Rio de Janeiro, a camisa em versão pirata do clube já é vendida com a nova marca. A diretoria rubro-negra espera firmar uma parceria forte com a empresa e conseguir, além do patrocínio, explorar outras frentes de negócio.

A mobilização em busca do novo parceiro vem em um momento em que o Flamengo encerrou o contrato de patrocínio com o banco BS2. A empresa pagava R$ 15 milhões anuais, porém rompeu o contrato nas últimas semanas sob a justificativa de rever investimento para outras áreas. A própria pandemia do novo coronavírus pesou para tal decisão, assim como prejudicou demais o próprio clube.

Quando o futebol brasileiro foi paralisado, em março, o Flamengo inicialmente indicou que não faria reduções salariais, mas a longa interrupção fez o clube mudar de ideia. No começo de maio, o time profissional aceitou a proposta de diminuição de 25% dos vencimentos. Os direitos de imagem, que seriam pagos em maio e junho de 2020, serão quitados em dez parcelas a partir de janeiro de 2021. A diretoria também promoveu demissões de funcionários para diminuir a folha de pagamento.

O valor de R$ 40 milhões pagos ao longo de 18 meses pela Amazon é considerado elevado pela diretoria, mas não vai colocar o clube como dono do maior patrocínio do futebol brasileiro. Esse posto continuará com o Palmeiras. O time alviverde recebe por ano mais de R$ 80 milhões da Crefisa. O valor ainda por aumentar de acordo com bônus por metas, como a conquista de títulos.

Com uma folha salarial de R$ 14 milhões, o Flamengo aposta no novo patrocínio para manter não só as finanças em dia, como também garantir a continuidade de toda a estrutura do departamento de futebol que garantiu o poderio esportivo do clube no ano passado. O campeão do Campeonato Brasileiro e da Copa Libertadores conta com a verba para bancar contratações e renovações, como a feita recentemente pelo técnico Jorge Jesus. O português prorrogou acordo até junho de 2021.

O atacante Michel, contratado neste ano por R$ 34 milhões, disse nesta semana que o clube está cada vez mais preparado e forte para se manter no topo. Um dos segredos disso é o entrosamento entre os atletas. “O Gabigol é uma pessoa do bem, com um coração bom e é um atleta que trabalha muito. Sempre que estou no banco, procuro olhar pra ele, Bruno Henrique, Arrasca (Arrascaeta) e Everton Ribeiro”, comentou o jogador ex-Goiás.

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