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Comitê Rio-2016 diz ao COI que zika “não é risco” na Olimpíada

Em reunião nesta quinta-feira (25/5), o presidente do Comitê, Carlos Arthur Nuzman, apresentou um gráfico à cúpula do movimento olímpico indicando a queda na incidência de dengue no período de inverno no Brasil

atualizado

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Tânia Rêgo/Agência Brasil
CARLOS ARTHUR NUZMAN
1 de 1 CARLOS ARTHUR NUZMAN - Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O Comitê Rio-2016 apresentou “provas” ao COI de que o vírus da zika não será uma ameaça à saúde pública e disse que não se justifica um adiamento ou cancelamento dos Jogos Olímpicos, como pedido por um grupo de 150 profissionais de saúde na semana passada. Numa reunião nesta quinta-feira (25/5) em Lausanne, na Suíça, o presidente do Comitê, Carlos Arthur Nuzman, apresentou um gráfico à cúpula do movimento olímpico indicando a queda na incidência de dengue no período de inverno no Brasil, uma tendência que pode ser seguida pelo zika por conta de ser transmitida pelo mesmo mosquito.

Além disso, os brasileiros anunciaram que iniciarão uma campanha para informar ao mundo sobre a inexistência do risco e, no encontro com o COI, usaram ainda declarações de Neymar, Rafael Nadal, Usain Bolt e outros astros para insistir que não existe risco.

Nas últimas semanas, o Comitê Rio-2016 e o COI passaram a ser pressionados por cientistas e por um grupo de atletas questionando o evento no Brasil diante do vírus da zika. “Vamos aumentar a informação”, admitiu Nuzman, que aproveitou para agradecer aos atletas que deram declarações favoráveis aos eventos. “Esses heróis apoiaram o fato de que não existe risco. Mas entendemos que precisamos explicar mais”, disse o brasileiro

Nuzman, numa coletiva de imprensa em Lausanne, insistiu que “não há risco à saúde pública com o zika” e repetiu a frase em duas ocasiões. A versão se contradiz com a mensagem passada pela OMS de que o vírus é uma ameaça global. Questionado pela reportagem sobre a declaração, o Comitê Rio-2016 ponderou que ela se referia ao fato de que o risco não justificaria o cancelamento dos Jogos.

Na OMS, a entidade explica que, ainda que seja um risco, o vírus não será impedido de circular pelo mundo apenas por conta do cancelamento dos Jogos no Rio e que o impacto seria “limitado”. A manutenção dos Jogos, na avaliação da OMS, não se dá por conta da ausência do risco. Mas sim por conta do fato de que a transmissão pode continuar, mesmo com o evento cancelado.

Gráfico
No esforço de desfazer todas as dúvidas, um gráfico apresentado por Nuzman indicou como, nos meses de inverno no Brasil, a taxa de dengue é fortemente reduzida. Os dados de 2010 a 2013 indicam que os números caem de até 36 mil casos em abril para cerca de mil em julho e agosto. “No inverno é diferente”, insistiu o brasileiro.

“Vamos fazer uma campanha pública com informações”, explicou o diretor de Comunicações, Mario Andrada. Segundo ele, a OMS, o Centro de Controle de Doenças dos EUA e A Fundação Oswaldo Cruz também insistem que não existe “risco para a saúde dos atletas”. “Tivemos 44 testes, com 7 mil atletas e nenhum caso de zika”, apontou Andrada.

Mulheres
Apesar de insistir que estrelas mundiais estão confiantes de que o zika não é uma ameaça, Nuzman foi questionado pela imprensa internacional sobre o fato de que, até agora, nenhuma mulher que participará do evento tenha saído publicamente defendendo a ausência de risco.

Andrada admitiu que a doença tem sido “cruel” com as mulheres. Segundo ele, a decisão de ir ao Rio para essas mulheres é algo “pessoal”. “Cabe a elas decidirem em sua privacidade” completou.

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