Com campanha histórica, personagens enaltecem Grand Slam de judô

Com 17 medalhas, Brasil encerra competição em primeiro no quadro de medalhas, em torneio que contou com grandes nomes do judô mundial

Lucas Magalhães
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A passagem do Grand Slam de judô por Brasília pela primeira vez na história pode ser considerada um sucesso. Durante três dias, o Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB) recebeu um verdadeiro desfile de astros mundiais da modalidade. As arquibancadas ficaram lotadas durante as disputas, mesmo que a competição tenha sido realizada também durante dias úteis. Nos tatames, o Brasil mostrou a força da Seleção Brasileira de judô e terminou na primeira colocação geral, com quatro medalhas de ouro, nove de prata e quatro de bronze. A cidade, que recebera o Troféu Brasil e o Grand Prix Nacional antes da competição internacional, ratificou a posição de potência do judô.

As 17 medalhas do Brasil foram consideradas um resultado ainda melhor do que as 34 conquistadas em 2012, na última vez que o país sediou uma etapa do Grand Slam. Isso porque, na visão de Ney Wilson, gestor de Alto Rendimento da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), o nível do torneio em Brasília foi muito mais alto tecnicamente do que a edição que ocorreu há sete anos, no Rio de Janeiro.

“Não dá para comparar o que foi lá e o que é aqui. O nível dos atletas que lá estavam era bem fraco. Hoje a competição estava muito forte. Eu digo que as 17 medalhas conquistadas aqui foram muito superiores às 34 de lá”, sentencia.

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Grand Slam de Judô foi considerado um sucesso por lutadores e dirigentes
Ketleyn Quadros ganhou bronze nas Olímpiadas em 2008
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Entre os lutadores, o discurso também foi de que a cidade está pronta para sediar grandes eventos do judô com maior frequência.

“Lutar em casa é sempre maravilhoso. Minha família estava toda aí, toda a torcida, pessoas que eu nunca vi me abraçando, dizendo que estavam torcendo por mim. Isso com certeza é uma motivação a mais, um ânimo no tatame. Não passa pela cabeça nem por um milésimo desistir porque está todo mundo te apoiando. É uma oportunidade para todo mundo ter essa competição aqui. É um incentivo pra molecada mais nova. Parece que teremos mais (competições) nos próximos anos”, afirma David Moura, que fez a última luta do torneio ao enfrentar o francês Teddy Riner na decisão masculina dos pesos-pesados.

Um dos mais bonitos do mundo
Secretário de Esporte do Distrito Federal, Leandro Cruz não escondeu a alegria após o final do Grand Slam. Na visão dele, a etapa de Brasília do terceiro torneio em importância no judô mundial coloca de vez a cidade como potencial sede para outras competições importantes, não só na modalidade, mas também em outras.

O Grand Slam, aliás, deixará alguns legados para a cidade: até o final de 2020, todos os Centros Olímpicos terão aulas de judô. Além disso, um pequeno bosque com 60 mudas foi plantado nesta quarta-feira (09/10/2019) no Parque da Cidade. A iniciativa foi tomada em parceria com a Federação Internacional de Judô.

“(O evento) não poderia ter sido melhor. Só se o David (Moura) tivesse ganho. Mas mesmo assim foi algo fantástico, fizemos dois medalhistas na categoria (peso-pesado). Estamos exultantes de alegria. O evento foi um dos mais bonitos do mundo. Ao mesmo tempo, com um resultado esportivo espetacular. Foi a melhor participação do Brasil em Grand Slams em todos os tempos. Foi fantástico ter quatro atletas brasileiros por peso. Tenho certeza que esse evento veio para ficar em Brasília, para fazer história como faz em Moscou, em Paris, em Tóquio”, garante.

 

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