metropoles.com

Brasileira iguala recorde nas Olimpíadas de Inverno

Jaqueline Mourão completou sua sexta participação em Jogos Olímpicos. Apenas outros cinco atletas nacionais conseguiram tal feito

atualizado

Compartilhar notícia

Divulgação/CBDN
jaqueline-mourao1
1 de 1 jaqueline-mourao1 - Foto: Divulgação/CBDN

Jaqueline Mourão terminou a prova do esqui cross country dos Jogos de Inverno de Pyeongchang apenas na 74ª colocação entre as 90 atletas, nesta quinta-feira (15/2), mas fez história pelo Brasil ao completar a sua sexta participação em uma Olimpíada e igualar a marca de outros cinco esportistas nacionais: a jogadora de futebol Formiga, os velejadores Torben Grael e Robert Scheidt, o cavaleiro Rodrigo Pessoa e o mesa-tenista Hugo Hoyama.

Aos 42 anos, Jaqueline deu mais um passo em uma trajetória que contou com duas presenças em Jogos de Verão, nos quais competiu em Atenas-2004 e Pequim-2008 no mountain bike, além de mais quatro na Olimpíada de Inverno. Antes de ingressar na competição sul-coreana, ela foi aos eventos olímpicos de Turim-2006, Vancouver-2010 e Sochi-2014, sendo que na Rússia figurou entre as atletas do biatlo.

Mais velha a competir em Pyeongchang, a brasileira não era candidata a medalha no esqui cross-country, mas superou competidoras de 15 países e foi a mais bem colocada entre as esquiadoras latino-americanas da prova, completada por ela em 30min50s3.

Assim, Jaqueline ficou quase seis minutos atrás da norueguesa Ragnhild Haga, que garantiu a medalha de ouro com o tempo de 25min00s5, enquanto a prata ficou com a sueca Charlotte Kalla (25min20s8) e o bronze foi dividido por duas atletas: Marit Bjoergen, também da Noruega, e a finlandesa Krista Parmakoski, ambas com a marca de 25min32s4.

Ao comentar sobre o seu desempenho em Pyeongchang nesta quinta-feira, Jaqueline Mourão comemorou ter conseguido igualar o recorde de participações olímpicas de outros cinco grandes nomes do esporte brasileiro.

“Nunca imaginei que chegaria tão longe. Estou muito feliz de estar aqui e de representar mais uma vez o meu país e conseguir a minha sexta participação olímpica”, afirmou a brasileira, que depois valorizou outro feito comemorado por ela.

“Sou de longe a melhor latino-americana nessa prova. Bati um monte de países. Nos Jogos Olímpicos, estão apenas as melhores do mundo. Foi uma prova muito dura. Dei o máximo que eu pude, mesmo passando um susto na véspera”, disse a mineira de Belo Horizonte, que teve problemas estomacais e precisou receber atendimento médico um dia antes da prova desta quinta.

E Jaqueline, inclusive, não descartou a possibilidade de buscar uma sétima participação olímpica e se tornar a recordista isolada de representatividade entre os brasileiros. “Se o Brasil estiver comigo para me dar força para treinar, eu vou para mais uma Olimpíada, sim. A idade é um tabu. Uma vez que você passa por isso, acaba percebendo que não é um problema. O mais importante é evoluir na parte técnica. Seguir me desenvolvendo apesar da idade”, destacou Jaqueline, que conseguiu ir a seis Jogos Olímpicos mesmo após ter dois filhos nesta última década: Ian, de 7 anos, e Jade, de 3.

Compartilhar notícia