Com a força da família, Sainz chega à Ferrari e sonha ser novo Alonso

O piloto de 25 anos iniciou no automobilismo enquanto observava o compatriota ganhar dois títulos mundiais e virar referência na Fórmula 1

Estadão Conteúdo
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Para enfrentar a pressão de ser piloto da Ferrari a partir do próximo ano, o espanhol Carlos Sainz Junior vai contar com o apoio familiar e toda a torcida de um país que se tornou fanático pela Fórmula 1. Aos 25 anos, o substituto do tetracampeão Sebastian Vettel na escuderia italiana vai encarar a missão mais importante da carreira movido pelo sonho de repetir os passos do compatriota Fernando Alonso e também de igualar a trajetória vitoriosa do pai, multicampeão no rali.

O anúncio da Ferrari da saída de Vettel e a escolha da Ferrari por Sainz, atualmente na McLaren, mostra o quanto os dirigentes de Maranello confiam no talento do espanhol para reverter a sequência de insucessos. A escuderia mais vitoriosa da história da Fórmula 1 não comemora um título de construtores desde 2008 e um de pilotos desde 2007. É muito tempo para quem se acostumou a dominar a categoria. Desde então, os italianos não conseguiram voltar a ser campeões mesmo quando contaram com pilotos como Alonso, Kimi Raikkonen e o próprio Vettel.

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Para conter a tamanha expectativa sobre a sua chegada, o mais novo ferrarista tem a família como um forte amparo. O pai, que também se chama Carlos Sainz, é um dos seus grandes mentores. Bicampeão mundial de rali e até hoje na ativa em competições como o Rally Dakar, ele foi quem iniciou o filho no kart ainda cedo. Os dois têm uma relação muito próxima e quase sempre estão juntos nas corridas de Fórmula 1 pelo mundo.

O jovem de 25 anos vai encontrar uma Ferrari também em processo de renovação. O companheiro de equipe dele será o monegasco Charles Leclerc, de apenas 22 anos. Sainz gosta de videogame, em especial de jogos de futebol. Torcedor fanático do Real Madrid, o piloto mantém a forma com treinos de artes marciais e quando está no verão, surfa, anda de barco e como quase todo espanhol, gosta de uma paella.

Espelho em Alonso

Sainz iniciou no automobilismo enquanto observava o compatriota Alonso ganhar dois títulos mundiais. Os dois chegaram a ser contemporâneos na Fórmula 1 por quatro temporadas e se tornaram amigos. Quando o bicampeão deixou a McLaren no fim de 2018, coube ao espanhol mais novato ocupar o posto na equipe e também a carregar a expectativa de um país que passou a se acostumar com o protagonismo na categoria.

Até Alonso começar a brilhar, no começo dos anos 2000, nenhum piloto espanhol havia vencido uma prova na Fórmula 1 ou sido pole position. Depois disso, o hino do país e as bandeiras amarelas e vermelhas começaram a tomar conta dos autódromos pelo mundo, processo testemunhado pelo então menino Sainz. Agora na Ferrari, é a grande chance dele escrever um novo capítulo desta relação entre Espanha e Fórmula 1.

Nas cinco temporadas na Fórmula 1, Sainz teve como melhor resultado a terceira posição no GP do Brasil do ano passado. A última temporada foi a melhor dele na carreira, ao terminar na sexta posição do mundial.

A Ferrari na última década

2010: Fernando Alonso (vice) e Felipe Massa (6º lugar)
2011: Fernando Alonso (4º lugar) e Felipe Massa (6º lugar)
2012: Fernando Alonso (vice) e Felipe Massa (7º lugar)
2013: Fernando Alonso (vice) e Felipe Massa (8º lugar)
2014: Fernando Alonso (7º lugar) e Kimi Raikkonen (12º lugar)
2015: Sebastian Vettel (3º lugar) e Kimi Raikkonen (4º lugar)
2016: Sebastian Vettel (4º lugar) e Kimi Raikkonen (6º lugar)
2017: Sebastian Vettel (vice) e Kimi Raikkonen (4º lugar)
2018: Sebastian Vettel (vice) e Kimi Raikkonen (3º lugar)
2019: Sebastian Vettel (5º lugar) e Charles Leclerc (4º lugar)

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