O programas humorísticos da TV Globo vêm chamando atenção dos telespectadores. Acostumados, por anos, com o estilo pastelão de produções como Os Trapalhões (1977) e Sai de Baixo (1996), muitas pessoas tem reagido com estranheza ao tom ácido característico de títulos como quadro do Fantástico, Isso a Globo Não Mostra (2019), e até da nova versão do Zorra.
Apesar de a verve de crítica social ter se intensificado desde que Marcius Melhem assumiu a liderança de todo o núcleo de humor global, a história da telinha mostra que, ao contrário do que muita gente pensa, essa reinvenção na maneira de fazer rir da Globo não vem de agora, e nem é ônus exclusivo do governo Bolsonaro.
Desde Balança Mais Não Cai (1968) — quando a emissora carioca tinha apenas três anos de idade—, as produções vêm passando por mudanças sutis, mas constantes. O humor deixou para trás os bordões, os longos esquetes e as piadas manjadas, para assumir um tom mais ácido e dinâmico, com crítica social e um pouco de absurdo.
Lá nos idos de 1992, Reinaldo Figueiredo, do Casseta & Planeta, aprontou poucas e boas com Devagar Franco, caricatura do então presidente Itamar Franco. Em 1995, foi a vez de Hubert Aranha personificar o presidente Fernando Henrique Cardoso, apelidado, entre outros nomes, de Viajando Henrique Cardoso, que frequentemente repetia o bordão: “Assim não pode! Assim não dá!”. O personagem deu lugar à paródia do recém-eleito Luiz Inácio Lula da Silva, Interpretado por Bussunda, o petista ganhou codinomes como Lula-lá e Luiz Inércio da Silva.
A mudança contemporânea no modus operandi dos roteiristas ocorreu com a estreia de Tá No Ar, em 2014. A principal diferença é que os comediantes deixaram fazer graça apenas com os outros, para rir de si mesma. Com essa liberdade, todos viravam alvos: desde os apresentadores demitidos da casa até o presidente da República.
Para entender o caminho da revolução dos humorísticos da TV Globo, o Metrópoles vai relembrar os principais programas da emissora desde Balança, Mas Não Cai (1968), passando por Viva o Gordo (1981) e Os Caras de Pau (2006), até a versão repaginada de Zorra Total (2019).
Confira:
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