Poeta explica por que se abalou com Yanomamis: “Tenho origem indígena”
Encontro repercutiu reportagem do Fantástico sobre a crise humanitária envolvendo Yanomamis em Roraima
atualizado
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Patrícia Poeta se sensibilizou no Encontro desta segunda-feira (30/1) ao repercutir a reportagem do Fantástico sobre a crise humanitária envolvendo o povo Yanomami em Roraima.
Ao justificar sua comoção, a apresentadora usou um argumento pessoal. Ela declarou ter ascendência indígena e citou uma fala do colega Manoel Soares para endossar sua explicação.

Patrícia Poeta Pfingstag, nascida em 1976, é uma jornalista e apresentadora brasileira. Natural de São Jerônimo, no Rio Grande do Sul, a gaúcha ganhou notoriedade após integrar a equipe de jornalismo da TV Globo Reprodução/Instagram

Patrícia Poeta cursou comunicação social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Já formada, atuou como repórter e apresentadora na TV Bandeirantes, em Porto Alegre. Mais tarde, bateu às portas da TV Globo paulista com uma fita debaixo do braço para mostrar o seu trabalho Divulgação/ TV Globo

Logo em seguida foi contratada e se tornou apresentadora da previsão do tempo em jornais globais. Nos dois anos seguintes, passou pela bancada do SPTV 2ª edição e fez diversas reportagens. Entre elas está a série sobre os 10 anos do massacre do Carandiru. Talentosa, logo assumiu o comando do Jornal Hoje aos sábados AGNews

Em 2003, Patrícia se mudou para Nova York e passou a trabalhar como correspondente da Globo. Lá, cobria a política norte-americana e assuntos de grande notoriedade. Durante esse período, estudou cinema na Universidade de Nova York, cobriu o Oscar e fez entrevistas com cantores, atores e diretores de cinema para o Fantástico Reprodução/Instagram

Em 2006, cobriu a copa do mundo. No ano seguinte, retornou ao Brasil e tornou-se repórter do Fantástico. Em 2008, Patrícia se tornou apresentadora titular da revista eletrônica ao lado de Zeca Camargo e Tadeu Schmidt Reprodução/Instagram

Apesar de assumir um dos maiores programas da TV Globo, a jornalista continuou trabalhando como repórter e levando ao ar assuntos em alta, tais como: conversa com Ana Carolina Oliveira sobre a morte da filha, Isabella Nardoni; entrevista com o engenheiro da Eletrobrás atacado por Índios; entrevista com a ex-presidente Dilma, entre outros Reprodução/ instagram

Em 2011, passou a integrar a equipe do Jornal Nacional, como apresentadora, sucedendo Fátima Bernardes. Ao lado de William Bonner, ancorou o maior telejornal brasileiro por quase três anos. Durante o período, também apresentou os jogos da Copa do Mundo ao lado de Galvão Bueno Globo/Divulgação

Em 2014, anunciou saída do Jornal Nacional. À época, a Globo afirmou que a apresentadora ganharia um programa próprio. No ano seguinte, porém, a jornalista, ao lado de outros artistas, passou a apresentar o programa É de Casa Reprodução/Instagram

Após o troca-troca de apresentadores na emissora, Patrícia Poeta foi anunciada como a nova apresentadora do programa Encontro, ao lado de Manoel Soares, antes apresentado por Fátima Bernardes Globo/Divulgação

A apresentadora foi casada com o também jornalista Amauri Soares, com quem tem o único filho, Felipe Poeta Pfingstag Soares. O casal se separou em 2017, após 16 anos juntos AGNews
“É muito triste ver isso acontecendo no nosso país. Vou falar uma coisa para você, Manoel. Hoje você falou uma coisa que tocou muito o meu coração, e desde que a gente tem acompanhado esse caso toca demais”, iniciou Poeta.
“Você falou uma frase na nossa reunião de pauta: ‘Mexe com a sua existência’, e mexeu de fato com a minha existência desde que eu tenho acompanhado esse caso. Eu tenho origem indígena, então, quer dizer, toda vez que eu acompanho esse caso mexe demais, até para contar às pessoas de casa é triste”, prosseguiu.
Manoel Soares, na sequência, esclareceu o que ele realmente quis dizer com “mexe com a sua existência”. Em resumo: povos originários formaram a primeira civilização brasileira e a fome do povo Yanomami não pode tocar alguém só por ter ascendência indígena.
“A gente sempre fala que os povos indígenas, os povos originários, são de fundamental importância para a nossa existência”, pontuou o apresentador.