“Os Estonianos”, de Julia Spadaccini, estreia nesta quarta (23/9) no CCBB

Em produção desde o ano passado, a montagem brasiliense de “Os Estonianos” finalmente chega aos palcos da cidade. A estreia está marcada para quarta (23/9), no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Um detalhe torna especial a produção: é o primeiro texto de Julia Spadaccini montado em Brasília. Julia, que morou aqui dos 5 aos 10 anos e, depois, dos 15 aos 18, é hoje uma das dramaturgas mais festejadas da cena teatral carioca.

No ano passado, ela concorreu duplamente ao Prêmio Shell na categoria autor, com dois de seus textos, “Aos Domingos” e “A Porta da Frente”. Em 2012 já tinha sido finalista da mesma premiação com “Quebra-Ossos”. Julia chegou a ter 17 peças montadas no período de dez anos. Seu currículo inclui ainda trabalhos como roteirista para a tevê (“Tapas e Beijos”, “Amorteamo”) e para o cinema (“Loucas pra Casar”).

Solidão e incomunicabilidade
“Os Estonianos” também já foi levada ao palco. Em 2009, estreou no Teatro Poeira, no Rio, encenada pela Cia. Casa de Jorge. O enredo gira em torno de cinco personagens em crise com o mundo moderno. Cada um luta a sua maneira contra a solidão. Um acaso, porém, faz com que suas vidas se cruzem, levando-os a procurar formas de lidar com a incomunicabilidade e a insatisfação.

A estreia do texto em Brasília tem gosto de retorno. Afinal, quando morou na capital, Julia Spadaccini circulou, ainda como aprendiz, pelo meio teatral da cidade. Frequentou oficinas ministradas por Tereza Padilha, no Mapati, e por Luciana Martuchelli; integrou a Cia. Néia e Nando e chegou a cursar artes cênicas na Universidade de Brasília (UnB).

A montagem brasiliense de “Os Estonianos” foi idealizada pela atriz Daniela Vasconcelos, amiga de Julia desde a época em que ela circulou na cena teatral daqui. Para a direção, foi convidada a também atriz Fernanda Rocha, que está no elenco do filme “O Último Cine Drive-in”. Além das duas, participam da produção Guilherme Angelim, Juliano Coacci, Luciana Lobato e Nathalie Amaral. A peça ficará em cartaz até 4 de outubro, com sessões de quarta a domingo.