Museu da Memória Candanga é boa opção para conhecer história da cidade

As casinhas coloridas de madeira foram levantadas em junho de 1957 com o objetivo de abrigar as instalações de um hospital

Paulo Lannes
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Diante de tantos espaços culturais do Distrito Federal fechados, o Museu Vivo da Memória Candanga é um respiro para o visitante da cidade. O local, que guarda e conta a história da construção de Brasília, completou 60 anos neste mês e se encontra em bom estado de conservação.

As casinhas coloridas de madeira foram levantadas em junho de 1957 com o objetivo de abrigar as instalações do Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira, o primeiro da capital federal. O centro médico funcionou no local até 1974. O museu, propriamente dito, foi entregue à população em 1990.

Lá o visitante encontra a exposição “Poeira, Lona e Concreto”, com fotos, mobiliário e a reconstituição de ambientes dos anos 1950, momento em que Brasília era construída. O Metrópoles esteve no museu ao longo da última semana e pôde atestar que o espaço ainda é uma boa opção de cultura e lazer.

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As casinhas coloridas remetem aos primeiros anos da fundação de Brasília
A mostra permanente “Poeira, Lona e Concreto” conta a história da cidade nos anos 1950
Há espaços mostrando como eram realizadas as obras de construção da nova capital
Há também ambientes de época reconstruídos
Parte da coleção veio do Brasília Palace Hotel, que foi quase completamente destruído em um incêndio
Na “Casa do Mestre Popular” é possível observar alguns animais entalhados em madeira, do Mestre Pedro
O museu também abriga um conjunto de carros antigos
Estão expostos cerca de 20 automóveis de época
Uma das peças exibidas no Museu, de Juão da Fibra
O jogo de luz e sombra feito pelas árvores nas casinhas torna o local ainda mais bonito

O museu também funciona como centro cultural. O espaço abriga oficinas artísticas (produção de papel artesanal e cerâmica, por exemplo), exposições temporárias (agora está ocorrendo uma mostra com peças de Juão de Fibra) e ateliê de restauro de carros antigos (há cerca de 20 automóveis de época expostos, também). Trabalho vital em uma cidade que sofre com a perda de locais como o Teatro Nacional, a Biblioteca Demonstrativa e o Museu de Arte de Brasília.

O lado ruim
Porém, nem tudo são flores. Algumas das madeiras que revestem a área externa das 20 casas coloridas que compõem o museu já estão deterioradas pelo tempo e pelo sol. Além disso, a biblioteca do museu está fechada desde o início do ano por falta de bibliotecário no espaço – o último se aposentou.

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Há algumas casas revestidas com madeira parcialmente apodrecida
Museu vivo da Mémoria Candanga
A biblioteca do espaço está fechada por falta de servidores

De acordo com a Secretaria de Cultura, estão sendo realizadas obras de restauro das edificações desde junho. O primeiro local recuperado foi o salão de cerâmica. “As obras serão progressivamente ampliadas para as demais casas e contarão com parceria do IPHAN, que acabou de lançar licitação no valor de R$ 200 mil para este fim”, afirmou o órgão em nota.

Além disso, a secretaria informou que está “efetuando o plano de remanejamento de servidores para suprir o déficit de pessoal com formação adequada para manter a biblioteca em pleno funcionamento”, mas não deu uma data para a resolução do problema.

Museu Vivo da Memória Candanga
No Núcleo Bandeirante (ST. JK Ch HJKO Lote D). (61) 3301-3590. De segunda a sábado, das 9h às 17h. Entrada gratuita

 

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