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Pianista transforma histórias de africanos em jazz. Veja onde assistir

Amaro Freitas protagoniza o MÚLTIPLO ANCESTRAL – BAQUAQUA E SANKOFA, que tem estreia marcada para este sábado (24/7), no CCBB

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
CCBB
1 de 1 CCBB - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Com 27 anos, o pianista e compositor pernambucano Amaro Freitas, uma das revelações do jazz brasileiro contemporâneo, protagoniza o MÚLTIPLO ANCESTRAL – BAQUAQUA E SANKOFA, que tem estreia marcada para este sábado (24/7), no CCBB Educativo-Arte e Educação.

O episódio, com conteúdo exclusivo para o programa, é uma conversa sonora conduzida pelo artista, abordando suas pesquisas, referências e músicas a partir de sua ancestralidade, da busca espiritual por histórias esquecidas, filosofias antigas e figuras inspiradoras do Brasil negro.

Amaro Freitas volta-se para a cultura nordestina e traduz o frevo, o baião, o maracatu, a ciranda ou o maxixe para a linguagem do jazz.

Baquaqua traz a história do africano Mahommah Gardo Baquaqua, que foi trazido para o Brasil como escravo, mas fugiu para Nova York em 1847, onde aprendeu a ler e escrever. Sua autobiografia foi publicada pelo abolicionista americano Samuel Moore e hoje é o único documento conhecido sobre o comércio de escravos escrito por um ex-escravo brasileiro.

Sankofa, por sua vez, é um símbolo da Adinkra (conjunto de símbolos ideográficos dos povos acã, da África Ocidental), representado por um pássaro com a cabeça voltada para trás. Ao se deparar com essa figura em uma feira africana no Harlem (bairro de Nova York que foi palco de grandes pianistas do jazz, como Thelonius Monk e Art Tatum), Amaro compreendeu a importância do significado e fez dele o conceito fundamental para o seu novo álbum.

“O símbolo do pássaro místico, que voa de cabeça para trás, nos ensina a possibilidade de voltar às raízes, para realizarmos nosso potencial de avançar”, diz Amaro.

MÚLTIPLO ANCESTRAL – BAQUAQUA E SANKOFA, com Amaro Freitas
Sábado, às 10h
Classificação indicativa Livre – recomendado para pessoas acima de 6 anos
Local: redes do CCBB e site do CCBB Educativo

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