Na nossa coluna quinzenal de discos internacionais, comentamos mais três novidades importantes de gêneros distintos. Os barbudinhos do Band of Horses chega ao quinto disco com “Why Are You OK”. Formado a partir do programa musical “The X Factor”, o grupo feminino Fifth Harmony (foto no alto) tentar dar forma à sonoridade pop em “7/27”. Por fim, apresentamos a estreia da banda Whitney, que entrega suas primeiras canções em “Light Upon the Lake”.
Leia e ouça (ou ouça e leia, como preferir):
Band of Horses – “Why Are You OK”
Grupo em constante metamorfose, com frequentes trocas de integrantes desde a fundação, o Horses chega ao quinto disco repetindo a mesma sonoridade confortável de sempre: um pseudo-acústico de guitarra e violão a cobrir letras banais sobre relacionamentos.
Não é diferente em “Why Are You OK”, mais um disco em que a falta de modulações melódicas faz com que os Horses pareçam uma mistura inofensiva entre Jack Johnson e Travis. Ao menos eles sabem abrir bem o disco, com o díptico “Dull Times/The Moon”.
Avaliação: Ruim
Fifth Harmony – “7/27”
Grupo feminino formado a partir do programa “The X Factor”, o quinteto excursiona pelo país entre fim de junho e começo de julho, com repertório desse disco – em Brasília, o show é em 3 de julho, no Net Live. Ainda falta estofo para a banda criar identidade própria, mas certos ingredientes já circulam pelas canções das garotas, como amadurecimento e a vontade de ser independente.
A empolgante mistura entre pop de pista e house tropical abre espaço para músicas certeiras, como a eletro “I Lied”, o reggae “All In My Head (Flex)” e a retrô “Not That Kinda Girl”, parceria com a rapper Missy Elliott. Num mundo em que Beyoncé reina absoluta, o Fifth Harmony surge como o lado mais juvenil e aventureiro do cada vez mais necessário espírito girl power.
Avaliação: Regular
Whitney – “Light Upon the Lake”
Banda formada ano passado a partir de um integrante da Unknown Mortal Orchestra e dois da extinta Smith Westerns, a Whitney é uma das mais recentes adições ao extenso catálogo de bandas indies. Natural de Chicago, o grupo rascunha conexões com o soul em faixas como “Dave’s Song” e “Red Moon”.
A voz delicada de Julien Ehrlich (Orchestra) registra um lirismo atraente dentro do que já se espera de uma formação indie: um constante trânsito ente folk, soul music e rock. “Light Upon the Lake”, a faixa-título, é imbatível num conjunto decente, mas pouco original de primeiras canções.
Avaliação: Bom