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Banda Eddie leva ao Arena músicas do novo disco e o clima do carnaval pernambucano

O quinteto é atração do Festival Raízes, que contará também com shows das bandas brasilienses A Voz Moskada e Maria Sabina & a Pêia

atualizado

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Beto Figueiroa/Divulgação
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Neste fim de semana, coincidentemente, quatro artistas do eixo Recife-Olinda desembarcaram em Brasília para shows em diferentes eventos. Mas há uma semelhança: todos os músicos prometeram fazer apresentações inesquecíveis, trazendo um pedaço de Pernambuco para a capital.

De acordo com Fabio Trummer, vocalista do Eddie, esse também será o clima do show que a banda fará dentro do Festival Raízes, no Arena Futebol Clube, no qual apresentará as músicas do CD mais recente, “Morte e Vida”. “O repertório só é fechado 30 minutos antes de a gente subir ao palco. Mas tem hits como ‘Pode me Chamar’ e ‘O Baile Betinha’, que não podem ficar de fora”, avisa Trummer.

Brasília tem uma identificação muito grande com o Carnaval. Na cidade, tem muito nordestino e vários pernambucanos. Na verdade, ela reúne gente de todos os estados e outros países. É uma mistura de culturas, assim como acontece na folia. Ela é a cidade-carnaval

Fabio Trummer, vocalista da banda Eddie

O vocalista conta que o novo disco não perde a referência dos ritmos brasileiros — principalmente pernambucanos –, porém, traz uma pegada mais intensa de punk rock . “Vivemos uma fase de bem-estar, em que o país melhorou e a cultura ganhou mais atenção. De repente, nos vimos num cenário bem diferente. Com os políticos enrolando a população na comissão de ética do Congresso, com os bancos boicotando o país e forjando uma crise; e com os jovens ocupando escolas que seriam fechadas. Não há mais aquele clima ensolarado”.

Outra característica do disco são as letras que abordam sentimentos intensos. “As composições foram muito influenciadas com o fim de um relacionamento que vivia. Eu curti o luto e escrevi sobre isso. As músicas são sobre o início e o fim dos ciclos da vida”, diz.

O projeto paralelo Trummer Super Sub América (power trio formado por ele, Dieguito Reis e Luca Bori) foi inspirado em obra do uruguaio Eduardo Galeano. “Morte e Vida”, no entanto, não tem referências na literatura — mais exatamente na obra “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Melo Neto, como o título pode sugerir..

Acho interessante que a literatura sempre se torna um gancho e é sim a arte que mais me inspira ultimamente. A maneira de João Cabral fazer poesia me influenciou muito. Mas o disco não teve como referência ‘Morte e Vida Severina’. Na verdade, me inspirei no trabalho de dois artistas plásticos amigos meus, Mozart Fernandes e Alberto Lizarazo

Fabio Trummer

Ouça o disco “Morte e Vida”.

Sábado (12/12), às 22h, no Arena Futebol Clube (Setor de Clubes Sul, Trecho 3). Ingressos a R$ 20 — preços referentes ao primeiro lote e podem ser alterados sem aviso prévio. À venda no site Bilheteria Digital e nas lojas Zimbrus (305 Sul), Raízes (408 Norte), Açaí Artesanal (311 Norte) e Exodus (Conic, Pátio Brasil, Liberty Mall, Alameda Shopping). Não recomendado para menores de 18 anos.

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