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Projeto do escritor Roberto Muniz Dias discute diversidade sexual e gênero em escolas do Brasil

Em Literatura e Diversidade Sexual, alunos de escolas públicas debatem adoção, casamento LGBT e poliafetividade por meio de obras literárias do autor

atualizado

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Eric Thayer/Getty Images
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Em tempos de discursos tão conversadores e excludentes, uma iniciativa rema contra a maré. O projeto Literatura e Diversidade Sexual, do escritor Roberto Muniz Dias, discute, por meio de obras literárias escritas pelo autor, questões sobre diversidade sexual e gênero em escolas do país.

Durante o primeiro semestre deste ano, Roberto levará o projeto para instituições em Brasília, Goiânia, Belém, Manaus, Teresina e Fortaleza. Os estudantes desses locais vão ter a chance de participar de oficinas que trabalham textos de Roberto. Entre os temas estão adoção, casamento LGBT e poliafetividade.

Divulgação“Também abordo em sala de aula a questão do bullying e do preconceito. Apresento uma cartilha que atua como guia de atividades, que explica o projeto e faz um breve resumo das obras trabalhadas. É muito importante frisar que nenhuma das publicações é erótica. O tema delas é o homoafeto”, explica Roberto.

Análise de obras e oficinas
“Trilogia do Desejo”, “O Príncipe, o Mocinho ou o Herói Podem Ser Gays: A Análise do Discurso de Livros Infantis Abordando a Sexualidade” e “Uma Cama Quebrada” são os livros discutidos.

O primeiro é uma coletânea que reúne os três primeiros romances do escritor; e o segundo, apesar da abordagem acadêmica, usa uma linguagem simples para analisar duas obras estrangeiras que tratam da homossexualidade. O último é uma peça teatral que instiga o público com monogamia, poliamor e felicidade, entre outros tópicos.

Além dessas publicações, a iniciativa aplica oficinas de escrita, ações com tirinhas e quadrinhos apresentando diversidade sexual e discute conhecimentos específicos, como portarias e normas técnicas sobre homossexualidade e transgêneros.

É comum que, ao se falar de gays, as pessoas só pensem nos homens. Mostro que não é bem assim e incluo as lésbicas nos meus debates. Certos grupos políticos e religiosos criaram uma representatividade negativa para os homossexuais e o meu propósito é que os alunos tenham consciência das várias formas do devir humano. Quero que o aluno perceba o outro e saiba que existam outras possibilidades

Roberto Muniz Dias, escritor

O projeto Literatura e Diversidade Sexual surgiu depois de uma experiência de Roberto como sócio da Editora Escândalo. Certo dia, ele recebeu a solicitação de um professor de matemática da cidade de Itatira (CE), Wesley Carlos Sales, pedindo obras que trabalhassem a diversidade sexual, com foco na questão de gênero.

A partir daí, o escritor pensou em um trabalho voltado para jovens do terceiro ano do Ensino Médio. Por ter apoio da Bolsa de Fomento à Literatura da Fundação Biblioteca Nacional e do Ministério da Cultura, a iniciativa vai passar apenas pela rede pública de ensino. Porém, nada impede que, no futuro, o escritor atenda ao interesse de escolas da rede particular pelos debates sobre a diversidade.

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