Curador do Jabuti se desculpa por minimizar Covid-19 com dados falsos
Pedro Almeida publicou um texto em seu Instagram citando informações que foram desmentidas: carta pede seu afastamento do prêmio literário
atualizado
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Curador do prêmio Jabuti, Pedro Almeida se desculpou nas redes sociais, nesta segunda-feira (25/5), após ser alvo de críticas por minimizar as mortes em consequência do coronavírus. O editor disse que usou um post com informações falsas, que ele acreditava serem verdadeiras.
“Fiz um post com dados incorretos; errei por acreditar que eram corretos. Assim que amigos me avisaram disso, apaguei o post. Não desejava colocar inverdades e, como jornalista, sempre confiro antes de divulgar. Mas apostei na fonte”, escreveu Almeida em seu Facebook.
Ele lamentou as mortes por Covid-19 e diz que amigos próximos perderam parentes para a doença. Almeida ainda diz que a sua publicação não tinha nada a ver com prêmio Jabuti, mais importante honraria literária do Brasil.
“Foi criado um manifesto afirmando que sou contra o isolamento. Está equivocado. Não sou contra o isolamento, não nego o vírus nem seu potencial. Ao contrário, me preocupo com ele e recomendo a todos que mantenham o distanciamento social o máximo que puderem, e sigam as recomendações das autoridades médicas para a devida higienização neste período tão angustiante e preocupante”, adicionou o editor.
RETRATAÇÃO
Fiz um post com dados incorretos; errei por acreditar que eram corretos. Assim que amigos me avisaram disso,…Publicado por Pedro Almeida em Segunda-feira, 25 de maio de 2020
Uma carta, com mais de 1.400 assinaturas, pede o afastamento de Almeida. O documento cita que o editor está “moralmente desautorizado para o cargo” depois que ele publicou o texto nas redes socais minimizando as mortes pela Covid-19.
Entenda
Em seu Facebook, Almeida publicou um texto em que minimiza as mortes causadas pela Covid-19 e defendia o fim do isolamento social.
Após a repercussão, ele apagou o texto, que começava com a frase “alguém está mentindo para você”.
“Estou negando a importância de cuidados com a saúde […]? Não! Estou falando que não há um dado claro que indique a necessidade de parar com o país e ferrar a economia por uma mortandade de pessoas, porque não há aumento desses óbitos”, escreveu.