Últimos dias para a coletiva “Tech-Tech” na Alfinete
Até sábado (31/10), a galeria da 116 Norte reúne obras de autores brasilienses que se utilizam de diferentes formas de tecnologia para sua expressão artística
atualizado
Compartilhar notícia
Arte contemporânea e tecnologia andam juntas por caminhos nem sempre previsíveis. Algumas dessas trilhas podem ser avistadas na Alfinete Galeria, até sábado (31/10), nestes últimos dias da coletiva “Tech-Tech”. Dalton Camargos e Gegório Soares juntaram na sala B da Alfinete nove obras de realizadores brasilienses. Estão ali novamente alguns frequentadores habituais da galeria, como Márcio H Mota, Milton Marques e Oziel, que já levantaram mostras individuais em anos anteriores.
Márcio H Mota, com um inédito autorretrato, trabalha a convergência entre linguagens. Neste caso específico, uma tela a óleo combina e altera suas cores com uma projeção em vídeo. Ele divide a parede, e também esse interesse múltiplo, com Fernando Aquino, amigo e ex-parceiro na dupla Tutameia. Aquino apresenta “Ceia Jantar”, uma releitura nada convencional da sagrada “Santa Ceia”, que tem desenhos e cores alterados à distância, com o artista interferindo online na obra em tempo real. Pendão da Esperança
Luiz Olivieri, que lá colaborara com Raquel Nava na instalação “A Morte Chega Cedo”, para a qual providenciou uma expressionista trilha sonora, agora pode ser observado mais detidamente. Olivieri leva à “Tech-Tech” a inédita videoinstalação “Antenas de Altitude”.
O artista registra de forma bastante pessoal e sensorial um dos cartões postais da cidade: o mastro da bandeira da Praça dos Três Poderes. Projetado pelo arquiteto Sérgio Bernardes, ele é composto por 24 hastes metálicas. Olivieri, por sua vez, se utiliza de um par de monitores para apresentar vídeos dessa estrutura. Compondo o clima, nos auriculares, a banda sonora traz o som que o vento provoca nessas hastes metálicas.
Outro destaque de “Tech-Tech”, Jackson Marinho promove uma espécie de jogo de espelhos com “Moedor de Pixels” (obra em detalhe no alto desta página). Nessa pequena instalação, um vídeo filma a si mesmo numa tela e assim entra num infinito de interferências visuais.
Até sábado (31/10), na Alfinete Galeria (116 Norte, Bloco B, Loja 61; 9981-2295). De quarta a sábado, das 15h às 19h30. Entrada franca. Livre.