Segunda edição do Transborda Brasília toma pulso da arte do DF

Os últimos três ou quatro anos representaram uma expansão (criativa e financeira) da arte brasiliense. Pipocaram galerias comerciais em várias partes da cidade e autores do Distrito Federal e entorno passaram a ter novas vitrines. É nesse contexto que surgiu a mostra “Transborda Brasília – Prêmio de Arte Contemporânea”, que seleciona e premia nomes locais. A exposição chega à segunda edição nesta quarta (13/7), com visitação aberta ao público na Caixa Cultural.

A intensa produção local se revela pela lista dos participantes em 2016: apenas o desenhista Virgílio Neto esteve na edição de 2015. Por uma das regras do prêmio, os três vencedores do primeiro evento não integraram a peneira deste ano. Na mostra que abre quarta (13/7), 28 obras representam 20 artistas.

Em 16 de agosto, serão anunciados os três ganhadores: receberão três prêmios de R$ 5 mil e três bolsas do curso Dynamic Encounters Brasil.

Veja alguns dos selecionados para a segunda edição do “Transborda Brasília”:

Cecília Bona - fogos3

Obra de Cecília Bona (também na foto no alto) Divulgação

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André Vecchi Divulgação

- Projeto Lazarus. II 162cmx130cm.ost.

"Projeto Lazarus", de Taigo Meireles Divulgação

Thales Noor -

"Recuerdos de una Escalada #6", de Thales Noor Divulgação

Paul Setúbal - 20x25

"Synapisis III", de Paul Setubal Divulgação

Humberto Araújo -

"Memórias da Construção de Brasília", de Humberto Araújo Divulgação

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Obra de David Almeida Divulgação

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Marília Panitz, remanescente do júri de 2015 ao lado de Agnaldo Farias (SP), avalia que o prêmio poderia ter mais efeito se funcionasse com frequência bienal. A Caixa, patrocinadora da mostra, prefere edições anuais. Ainda assim, a curadora e crítica avalia o “Transborda” como um interessante painel do que tem sido feito em Brasília.

“É surpreendente como continuamos a ter bons trabalhos e de pessoas diferentes. Isso me diz que Brasília está com produção madura e de boa qualidade”, analisa. Em 2016, além de Farias, compõem o júri Divino Sobral (GO), Fernanda Lopes (RJ) e Moacir dos Anjos (PE).

Outra questão observada por Marília nas obras é a busca por uma identidade estética brasiliense. “Se há alguma coisa que a arte contemporânea faz, é falar para o mundo do seu lugar de enraizamento. E Brasília, tão nova, acho que tem a circunstância da criação da cidade, com marcas tão particulares”, explica.

Entre pinturas, objetos e instalações, ela percebe elementos que transcendem a criação individual. “Do ponto de vista da composição, essa geração gosta de lidar com grandes espaços, por exemplo. Ao mesmo tempo, Brasília está incrustada no Brasil mais profundo, no interior do interior. E isso se desdobra para as composições e na abordagem de temas”.

Veja a lista completa dos artistas selecionados em 2016:

Adriana Vignoli (Brasília-DF)
André Vechi (Brasília-DF)
Bárbara Mangueira (Brasília-DF)
Cecilia Bona (Brasília-DF)
Coletivo Desculpinha (Brasília-DF)
Coletivo Dueto (Brasília-DF)
David Almeida (Brasília-DF)
Diego Bresani (Brasília-DF)
Humberto Araújo (Águas Claras-DF)
Julio Lapagesse (Brasília-DF)
Lucas Las-Casas (Brasília-DF)
Luciana Paiva (Brasília-DF)
Luiz Olivieri (Brasília-DF)
Matias Mesquita (Brasília-DF)
Obá (Vicente Pires-DF)
Paul Setubal (Águas Claras-DF)
Sinclair Ferreira Maia (Brasília-DF)
Taigo Meireles (Brazlândia-DF)
Thales Noor (Brasília-DF)
Virgílio Neto (Brasília-DF)

Transborda Brasília – Prêmio de Arte Contemporânea (2ª edição)
A partir de quarta (13/7), na Galeria Vitrine da Caixa Cultural (Setor Bancário Sul, quadra 4, lotes 3/4, 3206-9448). Visitação de terça a domingo, das 9h às 21h. Até 21 de agosto. Entrada franca. Classificação indicativa livre.