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“Não sei de que sarcófago tiraram Eduardo Cunha”

Paulo Betti fala de política brasileira, da repercussão de sua “Autobiografia Autorizada” e do sucesso de Téo Pereira, seu mais recente papel em novelas

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Paulo Betti
1 de 1 Paulo Betti - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Em 2015, o ator Paulo Betti completa 40 anos de carreira. Até o próximo ano, o artista dá seguimento à turnê do monólogo “Autobiografia Autorizada”, lança livro homônimo e o longa-metragem “A Fera na Selva”, adaptação da obra de Henry James, que ele dirige em parceria com Eliane Giardini. Ao Metrópoles, Betti fala sobre os desafios de encenar um monólogo; a repercussão do personagem Téo Pereira, da novela “Império”; e sobre os cenários atuais das artes cênicas e da política brasileira.

O desafio do monólogo
“O maior desafio que eu vivi, inconscientemente, foi o de fazer ‘Autobiografia Autorizada’. Em vários momentos me passou pela cabeça: e se as pessoas não gostarem da peça? Aí, haveria uma rejeição pessoal, pois o texto não é a adaptação da obra de alguém. Também havia o desafio de manter a atenção do público. Acho que tenho conseguido. Depois do espetáculo, pergunto o que acharam. Claro que as pessoas não confessam: ‘Não gostei’. Mas vejo que há uma maioria expressiva que gosta”.

Téo Pereira
“O personagem começou com certa resistência de uma parte da imprensa, pequena, mas que se manifestou. Disseram que estava caricato, mas acho a caricatura uma coisa maravilhosa. Na década de 1980, dirigi a peça ‘Amigo da Onça’, inspirada no personagem de Péricles Maranhão. Então, se me acusam de algo que adoro, não posso mudar. Fiz o Téo Pereira de acordo com a minha observação e deu certo. Acabou virando – vou usar uma palavra velha agora – uma coqueluche.”

Artes cênicas
“O teatro é como o samba: ele agoniza, mas não morre. O ser humano gosta de contar histórias. E, por mais que nós estejamos num momento extremamente virtual, o teatro se mostra necessário. O teatro sobrevive porque ele é o contato direto com o ator”.

Política brasileira
“É um momento delicado para o atual cenário político brasileiro. Temos um Congresso totalmente apócrifo. Não sei de qual sarcófago tiraram o Eduardo Cunha. Temos uma mídia muito interessada no escândalo e uma oposição inconsequente nas acusações. Fui acusado gravemente de receber dinheiro do mensalão. Não recebi e percebi que, se mentiram ao meu respeito, mentem sobre outras questões também”.

Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

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