O fotógrafo Fernando Duarte, um dos grandes diretores de fotografia do Brasil, morreu nessa terça-feira (24/1) aos 89 anos, em Brasília. O artista sofria de complicações pulmonares.
Fernando Duarte foi um dos responsáveis pelas características visuais do Cinema Novo e pelas imagens que afirmaram o cinema brasileiro que se seguiu. O fotógrafo gostava de trabalhar com a luz natural e sabia explorar os contrastes fortes.
Fernando Duarte será velado nesta sexta-feira (27/1), entre às 10h e às 13h, no Cine Brasília.
Trajetória de Fernando Duarte
Carioca nascido em 1937, com passagens pelo jornalismo e pela Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), radicou-se em Brasília em 1968, para onde veio lecionar no recém-criado Curso de Cinema da Universidade de Brasília (UnB), ao lado do documentarista Vladimir Carvalho, com quem codirigiu Vestibular 70.
Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa do Governo do Distrito Federal (GDF), lamentou a morte de Duarte e apontou que o mestre deixará uma lacuna no segmento cinematográfico.
{{#values}}{{#ap}} {{/ap}}{{^ap}} {{/ap}}{{/values}} “Um dos maiores nomes da fotografia no cinema brasileiro, Fernando Duarte fará muita falta, principalmente nesta era de retomada da produção nacional”, lamenta.
Fernando Duarte assinou a direção de fotografia de clássicos como Maranhão 66 (1966), de Glauber Rocha; Os Doces Bárbaros (1976), de Jom Tob Azulay; Cabra Marcado para Morrer!, de Eduardo Coutinho, finalizado somente em 1984; Barra Pesada (1977), de Reginaldo Faria; e outros.