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Crítica: Dente por Dente é thriller policial com trama interessante

Thriller de suspense policial estrelado por Juliano Cazarré estreia nos cinemas nesta quinta-feira (28/1)

atualizado

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1 de 1 dente por dente - Foto: Divulgação

Estrelado por Juliano Cazarré e Paolla Oliveira, Dente por Dente estreia nesta quinta-feira (28/1) nos cinemas brasileiros e busca  firmar o suspense policial entre os gêneros de sucesso das produções nacionais.

No longa, Cazarré interpreta Ademar, sócio de uma empresa de segurança particular que presta serviço para uma grande construtora de São Paulo. Quando seu sócio Teixeira (Paulo Tiefenthaler) desaparece, Ademar começa uma investigação.

Induzido pelo sogro de Teixeira, o delegado Valadares (Aderbal Freire Filho), e na busca por entender seus sonhos premonitórios e assustadores, Ademar descobre que o amigo estava envolvido em um esquema criminoso e tenta ligar as pistas deixadas para resolver o mistério em torno de seu assassinato.

Com direção de Júlio Taubkin e Pedro Arantes, Dente por Dente é um clássico thriller de suspense policial, onde a trama acompanha um protagonista na busca por juntar as peças de um quebra cabeça após um misterioso assassinato, enquanto precisa lidar com algo que o atormenta – no caso de Ademar, seus sonhos premonitórios.

Além disso, o longa alia diversas referências ao gênero – por vezes, até abusando de clichês – como a trama recheada de reviravoltas, a inspiração nos filmes noir, um protagonista forte que não abandona sua jaqueta de couro e atravessa a cidade em seu muscle car com características do Brasil. O carro dirigido por Ademar é um Chevrolet Kadett: o clássico veículo do país que agora pode ser considerado o muscle car do investigador brasileiro.

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Apesar dos clichês do gênero, a trama de Dente por Dente consegue introduzir temas relevantes para a sociedade e não tão comuns nas ficções: o descaso com as populações de rua, o movimento de ocupação de prédios abandonados nas grandes cidades e a mobilização das grandes corporações para acabar com esses movimentos.

Sem entregar muitos spoilers, ao longo que a teia de mistérios vai se resolvendo, revela-se que os assassinatos surgiram de uma vingança (como o nome do longa indica ao citar um trecho do código de Hamurabi), e mostra um mazela recorrente dos grandes centros, em que pessoas em situação de rua são tratadas como “invisíveis” aos olhos dos demais e o poder das construtoras sob os movimentos de ocupação.

Em linhas gerais, Dente por Dente conta com uma trama interessante, que aborda problemas típicos das metrópoles em um roteiro recheado de elementos de suspenses policiais e referências do horror, mas que peca bastante na introdução das personagens e principalmente nos diálogos do roteiro. O filme ainda conta com fracas atuações do elenco, onde Cazarré é um dos poucos a conseguir entregar uma performance regular.

Avaliação: Regular

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