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Crítica: “De Palma” traça perfil do diretor de “Carrie”

Documentário “De Palma” traz grande entrevista com o diretor de “Carrie”, “Vestida para Matar” e “Dublê de Corpo”

atualizado

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Divulgação
De Palma, filme
1 de 1 De Palma, filme - Foto: Divulgação

“De Palma” é o que se pode chamar de um típico fan service, o termo usado no entretenimento para definir produtos feitos para agradar os fãs. O veterano diretor americano Brian De Palma fala para a câmera sobre todos os seus filmes. Entre uma entrevista e outra, os diretores do longa enxertam trechos das obras e algumas imagens de bastidores.

A dupla Noah Baumbach (“Frances Ha”) e Jake Paltrow (sim, irmão mais novo de Gwyneth) parece ser realmente fã de De Palma. Até por isso, os dois cedem à tentação cinéfila de apenas deixar que o mestre repasse a carreira filme a filme, como numa entrevista destinada a se tornar uma matéria jornalística ou conteúdo extra de DVD/Blu-ray.

Artista vibrante, documentário careta
É claro que o carisma do cineasta às vezes consegue transcender a caretice do documentário. De Palma não hesita em se considerar herdeiro confesso de Hitchcock ou de conversar sobre as melhores e piores experiências – caso de “Missão: Marte” (2000), seu último projeto em Hollywood.

Aqui e ali, ele solta uns hilários “holy mackerel!” (“minha nossa!” seria uma expressão equivalente no português).

O mais interessante é notar a sobriedade com que ele discorre sobre alguns de seus melhores e mais populares filmes, como “Um Tiro na Noite” (1980) e “Missão: Impossível” (1996), e projetos que permanecem até hoje subestimados, caso de “Síndrome de Caim” (1992) e “Olhos de Serpente” (1998).

“De Palma” só é capaz mesmo de fazer com que os admiradores do diretor queiram rever todos os seus filmes ou de converter infiéis. Um projeto que visivelmente se sairia melhor num extenso livro ilustrado e sem cortes do que numa tela de cinema.

Avaliação: Regular

Veja horários e salas de “De Palma”.

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