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Apresentador do Se Joga foi confundido com ladrão e acusado de roubar bolsa

Érico Brás estava correndo até o ponto de ônibus quando foi parado pela polícia e revistado, até que a vítima disse que não era ele

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Ramón Vasconcelos/Globo
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1 de 1 erico-bras-globoramon-vasconcelos - Foto: Ramón Vasconcelos/Globo

Érico Brás, apresentador do programa Se Joga, da Globo, participou de uma live com Fábio Porchat nesta terça-feira (26/5) e comentou sobre racismo. Ele contou um episódio que foi parado pela polícia e revistado porque uma mulher o confundiu com um assaltante e o acusou de roubar sua bolsa.

Sem citar a data em que o fato ocorreu, Brás explicou que foi logo quando começou a trabalhar como ator no Bando de Teatro Olodum. Segundo ele, quando estava saindo da sessão correndo para o ponto de ônibus, uma viatura encostou ao seu lado. Do carro, saíram dois policiais e uma mulher apontando o dedo para ele e dizendo que ele havia roubado a sua bolsa. O policial o revistou, revirou seus pertences e lhe fez uma série de perguntas.

 

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“Ah menino, é você que faz aquela peça?”, questionou a mulher que o acusou de roubar sua bolsa. “Sim, sou eu, que faço o personagem patrocinado”, respondeu ele, interpretando o personagem no ponto de ônibus para que ela validasse a informação de que era ator. “Comecei a fazer a coreografia. Até que ela fala: ‘Não é ele não'”, completou.

“Nesse meio tempo, meu ônibus, que era o último, passou no ponto, pegou quem tinha que pegar. O ônibus foi embora, fiquei sozinho no ponto fazendo o personagem. Os policiais falaram: ‘Vamos embora’. Eu disse: ‘Espere aí. Meu ônibus foi embora, como que eu faço?’. O cara falou: ‘Se vira meu irmão, você é artista. Se vira”, lembrou o apresentador do Se Joga, que está suspenso por conta do coronavírus.

Classificando o caso como um ato de racismo, Brás citou ainda o caso do menino João Pedro, assassinado dentro de sua casa no Rio de Janeiro. Um policial alvejou sua residência com mais de 70 tiros de armas de fogo.

“A arte me salvou. Por um momento eu me vi como um escravo no Mercado Modelo, pulando, provando que eu estava apto pra ser liberto, liberado. Se eu não fosse um artista eu estava fodido. E me assustou ainda mais a autoridade da mulher sobre o Estado. Ela comandava o carro da polícia. São coisas absurdas. É como o João Pedro. Mesmo estando em casa você vai tomar um tiro”, refletiu.

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