Zózimo Bulbul ganha mostra com 19 filmes pelo projeto CineCAL

A Casa da Cultura da América Latina da UnB (CAL) homenageia os 50 anos de trabalhos de Zózimo Bulbul (1937 — 2013) com a exibição de uma série de filmes do cineasta carioca. A programação segue até o dia 28 e conta com “Cinco Vezes Favela”, “Ganga Zumba” (foto no alto) e “As Filhas do Vento”, entre outros títulos. As sessões são às terças e quintas, às 12h e 15h.

O ator e diretor Zózimo foi um grande representante da cultura africana no Brasil, além de ter sido o primeiro protagonista negro de uma novela brasileira.

Programação:

Quarta (5/1)

12h – “Cinco vezes favela”

Um drama cinemanovista em cinco episódios, cada um com uma persona diferente relacionada ao contexto das favelas.

15h – “Ganga Zumba”

No Nordeste brasileiro, entre os séculos 16 e 17, alguns escravos de um engenho de cana-de-açúcar tramam uma fuga para o Quilombo dos Palmares. Entre eles, encontra-se o jovem Ganga Zumba, futuro líder daquela república revolucionária, a primeira de toda a América.

Quinta (7/1)

12h – “Grande Sertão”

Conta a história do jagunço Riobaldo e de seu companheiro Diadorim.

15h – “El Justicero”

A biografia de um burguês, filmada por um amigo jornalista

Terça (12/1)

12h – “Terra em Transe”

O senador Porfírio Diaz pretende tornar-se imperador de Eldorado. Porém existem diversos homens que querem este poder. Enquanto isso, o poeta e jornalista Paulo Martins, ao perceber as reais intenções de Diaz, muda de lado.

15h – “A Compadecida”

Com a chegada de cangaceiros em uma cidade, todos precisam acertar as contas com Deus e o Diabo.

Quinta (14/1)

12h – “A Guerra dos Pelados”

O filme lembra o episódio histórico da Guerra do Contestado (1912-1916), no interior de Santa Catarina. O conflito envolvia a concessão de terras a uma companhia da estrada de ferro estrangeira para explorar as riquezas naturais.

15h – “Compasso de Espera”

Jogando luzes sobre a questão do preconceito, ao tempo da ditadura militar, o filme é um dos primeiros a ter um ator negro no papel principal.

Terça (19/1)

12h – “Quilombo”

Em torno de 1650, um grupo de escravos se rebela num engenho de Pernambuco e ruma ao Quilombo dos Palmares, onde uma nação de ex-escravos fugidos resiste ao cerco colonial.

15h -“Tanga (Deu no New York Times?)”

Tudo se passa numa ilha chamada Tanga. No poder, um ditador que acabou com a imprensa. Na ilha, só chega um único exemplar do New York Times para o ditador.

Quinta (21/1)

12h – “Abolição”

Propõe uma reflexão crítica sobre a então comemoração dos 100 anos da abolição da escravatura no Brasil.

15h – “Natal da Portela”

Biografia do homem que, mesmo sem saber dançar, cantar ou tocar um instrumento, transformou-se numa das maiores expressões do samba brasileiro, dedicando-se de corpo e alma à Portela.

Terça (26/1)

12h – “A Selva”

Alberto é um jovem português que está exilado em Belém, no Pará. Através de seu tio ele é contratado para trabalhar no seringal de Juca Tristão, em pleno coração da Amazônia.

15h – “O Veneno da Madrugada”

A chuva constante e a lama fazem parte do cotidiano dos habitantes de um povoado. As várias construções decadentes revelam a expectativa do progresso no passado, que não se realizou. A estagnação do povoado sofre um abalo quando diversos bilhetes anônimos são espalhados por toda a cidade. O roteiro é baseado no livro A má hora, de Gabriel García Márquez.

Quinta (28/1)

12h – “As Filhas do Vento”

Numa pequena cidade em Minas Gerais as irmãs Maria “Cida” Aparecida (Taís Araújo) e Maria “Ju” da Ajuda (Thalma de Freitas) têm objetivos bem distintos. A primeira quer se tornar uma famosa atriz e para isso é imperativo que deixe o lugarejo; a segunda, só pensa em namorar.

15h – Os seguintes quatro curtas juntos nessa sessão:

“Alma no Olho”

Metáfora sobre a escravidão e a busca da liberdade.

“Aniceto do Império em… Dia de Alforria…?”

A história de Aniceto de Menezes do Império Serrano, considerado o grande mestre do partido-alto. O filme é narrado pelo próprio Aniceto e vem repleto de suas memoráveis histórias.

“Pequena África”

O filme apresenta a Praça XI, a Central do Brasil, Gamboa, Saúde e bairro de Santo Cristo de hoje, e que eram conhecidos nos idos de 1850 até 1920 como “Pequena África”, por terem sido locais habitados por escravos alforriados no período imperial e depois deste.

“O Papel e o Mar”

Narra o encontro imaginário entre João Cândido, líder da Revolta da Chibata, e a catadora de papel e escritora Carolina Maria de Jesus, autora do livro Quarto de Despejo, em pleno centro do Rio de Janeiro.

Entre os dias 5 a 28 de janeiro, às 12h e 15h, no Auditório Gonzaguinha da Casa da Cultura da América Latina da UnB (SCS Quadra 04, Edifício Anápolis, 3321.5811). Entrada franca. Não recomendado para menores de 14 anos, exceto a “Guerra dos Pelados”, não recomendado para 18 anos.