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Vídeo: mulher chama pai e filho de “negrada do inferno” e chuta PM ao ser detida

Ela foi levada à delegacia, mas acabou liberada depois de pagar fiança. Gravação mostra racismo e agressão a militares

atualizado

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Material cedido ao Metrópoles
mulher em viatura
1 de 1 mulher em viatura - Foto: Material cedido ao Metrópoles

Quando saiu de casa para uma consulta médica nesta quarta-feira (28/7), o pintor aposentado José Barbosa dos Santos, um homem negro, não esperava ser alvo de racismo. Ele e os dois filhos, Alcides e Welma dos Santos, estavam na calçada em frente ao Taguatinga Shopping, quando uma mulher passou pelos três e gritou: “Essa negrada do inferno, vai tudo pro inferno” e o empurrou.

Após trabalhar como pintor por 45 anos, José comentava com os filhos sobre a pintura que o shopping fazia na fachada do prédio. As pessoas que estavam na calçada viram o que aconteceu e passaram a questionar a mulher que fez os comentários racistas.

Depois de minutos de bate-boca, uma policial militar à paisana e um bombeiro militar pararam para ver o que estava acontecendo. Quando os dois militares foram detê-la, a mulher desferiu chutes. Ela não teve o nome revelado pela delegacia que investiga o caso.

Veja as imagens:

Depois do ocorrido, os filhos de José e testemunhas foram à 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) para registrar a ocorrência policial. No depoimento prestado à polícia, Alcides argumentou que o pai fez cirurgia há 20 dias, e que o empurrão da mulher o fez cair, o que poderia prejudicar o processo de cicatrização.

Segundo conta a neta de José, a influencer e estudante de radiologia Lorrane da Silva, o avô retirou um rim, e a consulta era para verificar a recuperação. “Eu tô tão indignada que minha carne está tremendo por dentro”, disse a jovem em um desabafo nas redes sociais. Em conversa com o Metrópoles, ela explicou que, aos policiais, a mulher negou ter sido racista.

“Os policiais consideraram que foi injúria racial, mas não foi o que aconteceu. Depois o marido dela chegou e alegou que ela tem problemas mentais, pediu para a minha família retirar a queixa, mas decidimos não retirar. Ela pagou a fiança e foi embora”, explicou Lorrane.

Segundo o Código Penal, injúria racial é crime com pena de 1 a 6 meses ou multa. Em caso de “vias de fato”, a pena passa a ser de 3 meses a 1 ano. Já o crime de racismo está na Carta Magna brasileira como “inafiançável e imprescritível”. No caso praticado contra José Barbosa dos Santos, a delegacia tipificou como injúria e a acusada pagou R$ 1 mil.

“Ela ficou literalmente minutos na delegacia. Sai barato ser racista no Brasil. Me sinto incapaz, a Justiça não adianta de nada”, protestou a jovem. “Se fosse o contrário, não seria isso que teria acontecido, ele estaria preso ou morto nessa hora, mas não vamos deixar isso assim e vamos dar continuidade no processo”, finalizou Lorrane.

 

 

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