Vídeo mostra princípio de incêndio no Torre Palace Hotel
Bombeiros controlaram as chamas na noite dessa terça-feira (20/2). Ninguém ficou ferido
atualizado
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Um princípio de incêndio no Torre Palace Hotel na noite dessa terça-feira (20/2) chamou atenção de quem convive com os transtornos provocados pelo prédio abandonado no Setor Hoteleiro Norte. As chamas destruíram cobertores e colchões de moradores de rua que se abrigavam sob a marquise do local.
Vizinhos registraram as chamas. Nas imagens, é possível ver o princípio de incêndio e o trabalho dos militares do Corpo de Bombeiros para conter o fogo.
Confira:
O Corpo de Bombeiros informou que uma equipe foi acionada por volta das 23h. A ocorrência contou com a participação de 10 militares e duas viaturas. Não houve feridos.
Processos
Há pelo menos oito ações na Justiça envolvendo o Torre Palace. São elas que vão determinar o desfecho do espaço. O GDF é um dos envolvidos, pois tenta recuperar os R$ 802,94 mil gastos na desocupação do local em 2016. À reportagem, a Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF) informou que a restituição dos custos será definida após o trânsito em julgado do processo.
A ação do GDF não foi capaz de acelerar um dos processos-chave. Em 2016, o Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (Distrito Federal e Tocantins) determinou que o prédio fosse leiloado. No entanto, a ação travou no Tribunal Superior do Trabalho (TST), onde aguarda julgamento do agravo de instrumento.
A Companhia Energética de Brasília (CEB) cobra débitos pelo fornecimento de energia elétrica, enquanto a Brookfield Empreendimentos Imobiliários, que tentou viabilizar uma permuta do imóvel com os herdeiros do prédio, viu a medida ser judicializada. Até uma empresa de alimentos, a Frutella Comércio de Alimentos, solicita ressarcimento dos donos do prédio. Os responsáveis pelo Torre Palace não foram localizados para comentar a situação.
Histórico
Fundado em 1973, o Torre Palace Hotel foi o primeiro prédio do Setor Hoteleiro Norte. Hoje, é parte de uma disputa entre herdeiros do libanês Jibran El-Hadj, proprietário do edifício, morto em 2000. Abandonado desde 2013, quando teve as atividades encerradas, o hotel virou abrigo de moradores de rua e usuários de drogas até uma megaoperação para desocupar as instalações, em outubro de 2015.
Palco de diversas tentativas malsucedidas de reintegração de posse, o hotel já foi condenado pela Defesa Civil, que apontou falhas graves na estrutura da construção.