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Vídeo: filhos reencontram pintor que perdeu os 2 braços após sofrer choque elétrico

José Oliveira, 45 anos, sofreu um acidente de trabalho e, hoje, pede ajuda para retomar a vida e a rotina profissional

atualizado

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Arquivo pessoal/Material cedido ao Metrópoles
Pintor descarga elétrica
1 de 1 Pintor descarga elétrica - Foto: Arquivo pessoal/Material cedido ao Metrópoles

Resiliência. Se tem alguém que vive o significado dessas 11 letras verdadeiramente é José de Araújo Oliveira, de 45 anos. Após perder os dois braços, ter grande parte do corpo queimado e ser submetido a cirurgias, o pintor, que sobreviveu a um grave acidente de trabalho, tem fé de que vai retomar a vida plenamente em breve. Para isso, familiares de José iniciaram uma campanha para arrecadar fundos, na intenção de manter as despesas da casa onde ele mora com a mãe, de 64 anos, e os dois filhos, uma adolescente, de 16, e um menino, de 13, no Recanto das Emas.

A fatalidade ocorreu em 16 de julho último. José, que é profissional experiente e atua na atividade há mais de 25 anos, sofreu uma descarga elétrica enquanto prestava serviço em uma obra na QE 40 do Guará 2, em um prédio comercial.

“Estava realizando a pintura de um corrimão, e quando eu manuseava ele, já na parte de cima, na laje, ele encostou na rede elétrica e levei um choque. Fiquei inconsciente. Caí para traz, no chão, e tive que esperar o socorro chegar”, contou a vítima.

Após o acidente, o colega de trabalho de Zé – como é chamado carinhosamente por amigos e familiares – acionou o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) para socorrer o pintor. A vítima foi transportada ao Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) e, depois, transferida ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran), unidade referência no atendimento a queimados, onde ficou em coma por 12 dias.

“A única coisa que me recordo é de perceber os meus braços e o abdômen completamente queimados. Estava preto e carbonizado. Depois que cheguei ao hospital, eles me intubaram e eu fiquei mais de 10 dias desacordado”, pontuou.

Ao acordar do coma, o pintor teve a noção do que havia lhe acontecido. “Percebi que estava sem os braços. Foi um choque muito grande. Como eu já tinha visto a situação, eu sabia, lá no fundo, que eu ia perder os meus braços. Queimou na hora. Eu entendi tudo”, relatou.

O reencontro dele com os filhos, após deixar a unidade de terapia intensiva (UTI), em agosto, foi filmado. Nas imagens também aparece a irmã do paciente. A autônoma Valdirene de Araújo Oliveira Lima, 44, tem dado todo o suporte emocional ao irmão, que precisou de ajuda, por exemplo, para conceder entrevista ao Metrópoles.

Zé recebeu alta hospitalar no dia 7 de setembro, após mais de 50 dias internado. A tragédia, no entanto, não abalou a fé do homem. Agora, o autônomo se recupera em casa e aguarda por mais uma cirurgia. “Tiraram uma parte da minha perna para o enxerto cirúrgico no abdômen. Vou passar por outra cirurgia na pele. Estou confiante”, afirmou.

Com  a esperança de recomeçar, José diz não ter duvidado, em momento algum, da capacidade de voltar a ter uma vida normal.

“É necessário se reinventar e tentar passar por essa etapa da maneira mais natural possível. Não quero ficar muito dependente das pessoas. Estou me esforçando para fazer as tarefas sozinho. Os meus filhos, minha irmã e cunhado me ajudam muito”, acrescentou.

Veja imagens de José com a família:

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Pedido de socorro

Agora, sem ter como trabalhar por causa do acidente, familiares e amigos do pintor iniciaram campanha de ajuda para que José consiga manter as contas e despesas da casa em dia. A renda da família advinha toda do trabalho dele como pintor.

“Conversei com alguns clientes e, os que se sensibilizaram com o meu caso, estão me ajudando. Essa ajuda é fundamental. A única renda que tinha era a do meu trabalho. Nessas condições, peço socorro aos que puderem colaborar. Quero conseguir uma prótese para voltar a trabalhar. Tenho fé que vou conseguir ter uma vida normal e também para criar os meus filhos”, completou o pintor.

Valdirene, irmã de Zé, e o cunhado dele, o chef de cozinha Valdemir, 52, fazem parte da rede de apoio do pintor.

“Estamos dando todo o suporte para ele. Queremos estar próximos para que a cabeça dele trabalhe bem. A minha esposa sempre vem cuidar da casa. Estamos fazendo o que a gente pode. Ele é uma pessoa muito tranquila, querida. É um trabalhador. Entendemos que poderia ter sido pior e isso é o que nos conforta. Saber que ele está aqui conosco”, comentou o cunhado.

Quem quiser ajudar financeiramente a família do pintor com qualquer valor, pode realizar transferência via PIX pela chave 61 99161-2450.  O número é o contato do celular de José Araújo Oliveira.

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