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UnB cria técnica para ajudar a identificar Covid-19 com raios X

Método desenvolvido por pesquisadores pode dar diagnóstico por meio da leitura de radiografias em segundos

atualizado

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Dois laboratórios da Universidade de Brasília (UnB) desenvolveram um sistema que pode dar o diagnóstico para a Covid-19 em segundos por meio da leitura de radiografias. A ideia é que médicos e radiologistas de municípios sem disponibilidade de equipamentos, ou com pouco conhecimento sobre a doença, acessem o mecanismo on-line e tenham auxílio imediato no diagnóstico.

Com a diminuição da oferta de empregos nas grandes cidades, muitas pessoas estão voltando para municípios do interior e, com isso, levando casos da doença causada pelo coronavírus para locais com poucos leitos de UTI e pouca estrutura de equipamentos de saúde.

“Não é nosso objetivo fazer o trabalho do médico, mas ajudar os médicos a descartarem casos e não enviarem pessoas com doenças mais simples para grandes centros, ou pior: tratar uma pneumonia de Covid-19 como uma pneumonia comum e levar pessoas a óbito”, explica Flávio Vidal, professor do Departamento de Ciência da Computação e membro do Laboratório de Imagem, Sinais e Acústica.

“Embora o diagnóstico preferencial seja por meio de tomografias, sabemos que, em municípios do interior, nem sempre esse equipamento está disponível. Por isso nossa ferramenta foi desenvolvida para a análise de radiografias”, explica Rafael de Sousa Jr, coordenador do Laboratório de Tecnologia da Tomada de Decisão do Departamento de Engenharia Elétrica.

Como funciona

O médico ou profissional de radiologia vai carregar a imagem em um sistema on-line. Os algoritmos vão analisar a imagem e fornecer o diagnóstico em questão de segundos. Além de subsidiar a atuação do médico em locais onde não há disponibilidade de outros equipamentos e exames laboratoriais, o sistema também vai colher informações de georreferenciamento, idade do paciente e presença ou não de comorbidades.

“Em casos nos quais os algoritmos discordarem ou ficarem indecisos, iremos contar com a opinião de especialistas”, explica Rafael. Ainda é necessário, no entanto, fechar parcerias com hospitais em que haja mais casos de Covid-19 para, assim, ter acesso às imagens de radiografias de pacientes com a doença confirmada.

Até o momento, a maior parte das imagens do banco de dados são de pneumonias comuns, cedidas por pesquisadores das universidades de Montreal e de Waterloo, no Canadá.

(Com informações da UnB)

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