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Movimento Passe Livre protesta em Taguatinga contra aumento de tarifas

Essa é a terceira ação do grupo desde que o governador Rodrigo Rollemberg anunciou o pacote de medidas

atualizado

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Tarifa
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O Movimento Passe Livre (MPL) e outros grupos sindicais se reuniram na Praça do Relógio, em Taguatinga nesta terça-feira (29/9). Após ocuparem a Avenida das Palmeiras, a Polícia Militar atirou gás de pimenta contra os manifestantes que participavam do ato. Questionada pelo Metrópoles, a corporação não confirmou o uso do equipamento.

No fim do protesto, militantes do grupo anunciaram que vão apoiar um protesto em Ceilândia na sexta-feira (2/10). O ponto de encontro será na praça em frente à Feira Central de Ceilândia. Leonardo Ortegal, 30, um dos diretores do Sindicato dos Servidores da Assistência Social e Cultura (Sindsasc) colocou: “Assim como a assistência social, o transporte público é direito do povo e dever do Estado. Vamos sair daqui hoje com a missão de trazer mais gente para os próximos atos”.

Durante o encerramento, várias pessoas assumiram o alto-falante para expor suas insatisfações. Uma estudante pediu a isenção da tarifa do Programa de Avaliação Seriada (PAS). Questionamentos sobre o aumento das refeições no Restaurante Comunitário também foram colocados em pauta.

Mais cedo, a Polícia Militar informou que não autorizaria o bloqueio de pistas. Raíssa Oliveira, integrante do MPL argumentou: “Estamos na praça e não na rua. Temos o direito de ocupar a rua. No Eixo Monumental pode e aqui não? O morador da periferia não pode se manifestar?”

Leila Saraiva, 27 anos, do MPL, completou: “Hoje, aqui em Taguá, ficou claro que a periferia não tem o direito de se manifestar. Ao contrário dos atos no Plano, a PM já começou truculenta, dizendo que a gente não poderia nem pisar na rua. O nosso dever agora é mostrar que a periferia não vai aguentar calada, não vai pagar as contas dos ricos. A gente também tem o direito de se manifestar contra esse governo de playboy. A tarifa está caindo. Falta a PM cair também”.

Depois da confusão, a PM decidiu liberar os estudantes para manifestarem na rua. Eles seguiram pela comercial da cidade e voltaram para a Praça do Relógio. O trajeto foi rápido.

Foto: Letícia Carvalho/Metrópoles
Manifestantes negociam com a Polícia Militar

Cerca de 80 policiais estiveram na manifestação, além de uma viatura dos bombeiros. Seguranças do metrô também se posicionaram na escada de acesso aos trens para evitar tumultos.

Letícia Carvalho/Metrópoles
Manifestantes na Praça do Relógio

 

Wesley Francisco, 28 anos, corretor de plano de saúde: “Mais aumento, eu não aguento”. Ele mora em Taguatinga e é a primeira vez que participa das manifestações contra os aumentos das tarifas.

 

 

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