Motoristas e cobradores vão avaliar condições dos ônibus do DF
Consulta faz parte do projeto Como Anda Meu Ônibus e tem como objetivo a melhoria do transporte rodoviário por meio de políticas públicas
atualizado
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Depois de ouvir a opinião dos usuários de ônibus do DF e Entorno, agora é a vez dos motoristas e cobradores do sistema rodoviário da capital avaliarem o modal. A iniciativa compõe o projeto Como Anda Meu Ônibus, uma parceria entre o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e o Instituto de Fiscalização e Controle (IFC).
O objetivo é é entender as dificuldades do sistema do ponto de vista dos profissionais e promover políticas públicas que melhorem o serviço. Um questionário elaborado especificamente para motoristas e cobradores será divulgado pelo Sindicato dos Rodoviários do Distrito Federal. A participação é anônima e os dados serão compilados em relatórios trimestrais.
A inclusão da categoria é considerada fundamental para a promotora de Justiça de Defesa do Patrimônio Público Lenna Daher. “Eles conhecem os principais problemas e podem contribuir para o aperfeiçoamento do serviço prestado”, afirmou.
Como Anda Meu Ônibus
O projeto começou a ser desenvolvido em agosto, registrando a opinião dos cidadãos que usam o transporte durante um ano. O objetivo é fomentar o controle social e subsidiar as políticas públicas do setor. Nessa primeira análise, foram entrevistadas 2 mil pessoas de 45 regiões do DF e Entorno. De maneira geral, 70% delas consideraram péssimo o sistema local.
De acordo com o primeiro relatório, divulgado em novembro, a análise é negativa para aspectos como estrutura e qualidade do transporte, tempo gasto, segurança e sistema de bilhetagem.
O estudo indica um aumento de gastos com transporte rodoviário no DF nos últimos anos, enquanto, na média brasileira, os números vêm diminuindo. Em 2018, por exemplo, as despesas pagas chegaram a R$ 1,3 bilhão. O valor médio dos estados foi de R$ 840 milhões.
A lotação no transporte público rodoviário é a principal reclamação. Quase 70% dos entrevistados avaliaram a quantidade de passageiros como péssima, e outros 17%, como ruim. (Com informações do MPDFT)