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Moto chega em 1º, mas bicicleta vence Desafio Intermodal de Brasília

Disputa levou em consideração rapidez, gasto e poluição. Foram percorridos 14 quilômetros entre a QE 7 do Guará I e o Museu Nacional da República

atualizado

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Nathália Cardim/Metrópoles
desafio intermodal de brasília, 2016
1 de 1 desafio intermodal de brasília, 2016 - Foto: Nathália Cardim/Metrópoles

O analista de licitação Fábio Virgulino, 36 anos, foi o vencedor da 8ª edição do Desafio Intermodal de Brasília, promovido pela Organização Não-Governamental (ONG) Rodas da Paz nesta segunda-feira (26/9). Ele percorreu de bicicleta os 14 quilômetros do trajeto entre um estacionamento da QE 7 do Guará I e o Museu Nacional da República em 24 minutos e 08 segundos. Não foi o mais rápido (a moto fez o percurso em 16 minutos e 22 segundos), mas levando em consideração os três critérios da competição – rapidez, gasto e poluição – ganhou a disputa.

“Este é o segundo ano que participo e faço parte da categoria vencedora. O motociclista só chegou antes porque estou fora de forma”, brincou Fábio. “Vou diariamente trabalhar de bicicleta e a prática mudou a minha vida. O meu percurso é Ceilândia/SIA. Se eu o fizesse de ônibus, levaria no mínimo uma hora e meia para chegar. De bicicleta, gasto 36 minutos. Além de ser vantajoso, ainda ganhei qualidade de vida. Foi muito bacana participar do desafio”, completou.

O caminho foi feito por voluntários e representantes do Governo do DF, divididos em 13 modalidades: ônibus, metrô, táxi, uber, bicicletas, a pé, carros e motocicletas, carona, bicicleta e ônibus, bicicleta e metrô, cadeirante em ônibus e cadeirante em metrô. “Considero que fiz a viagem em um tempo razoável. Só parei no sinal uma única vez. Acho que deveria ter uma faixa exclusiva para ônibus e motos no trajeto. A ausência no dia a dia pode atrasar um pouco a viagem dos brasilienses”, avaliou o servidor público Eduardo Rodrigues da Silva, 51 anos, primeiro a chegar em sua moto.

São três os critérios utilizados para a avaliação do desafio: tempo gasto para se chegar ao destino final, custo monetário e emissão de poluentes. “Quem vem de bicicleta ou a pé tem custo zero no translado. Então, eles acabam ganhando vantagem. Na rapidez, quem ganha sempre é a motocicleta”, explica a coordenadora-geral do Rodas da Paz, Renata Florentino

O secretário de Mobilidade, Fábio Nery Damasceno; o adjunto da pasta, Dênis Soares; e o diretor-geral do DFTrans, Leo Cruz, fizeram o trajeto de ônibus e chegaram com 56 minutos e 40 segundos. “O balanço é extremamente positivo. Estou muito feliz em ter participado e acho que investir em mobilidade hoje é o caminho para melhorar a qualidade de vida da população. Os tempos vêm reduzindo a cada ano”, afirmou Damasceno.

Para a ONG, entretanto, o desafio mostra que há uma inversão de prioridades no investimento dos recursos públicos, com maiores gastos nos meios menos eficientes. “Apesar de praticamente não haver estrutura cicloviária no trajeto e de grande parte dos motoristas não conhecer as regras em relação à bicicleta como meio de transporte, esta se confirma novamente como uma alternativa eficiente e viável. Nesse sentido, o uso da bicicleta deveria ser incentivado e estimulado por meio de políticas públicas de ampla dimensão”, destacam os organizadores.

Confira o tempo gasto por tipo de veículo:

  • Reprodução/ONG Rodas da Paz

 

 

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