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TCDF: faltam aparelhos e profissionais para fazer endoscopia na rede pública

Endoscopia é a principal forma de detecção de alterações e doenças em órgãos como o esôfago, o estômago, o duodeno e o intestino

atualizado

Michael Melo/Metrópoles
policial federal endoscopia

Uma fiscalização do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) apontou que há falta de aparelhos e profissionais para realizar exames de endoscopia na rede pública de saúde do DF. Durante a análise, a Corte encontrou, também, um déficit de salas adequadas, medicamentos e suprimentos para a realização dos procedimentos.

Endoscopia é a principal forma de detecção de alterações e doenças em órgãos como o esôfago, o estômago, o duodeno e o intestino.

O relatório também apontou que há falhas, por parte da Secretaria de Saúde (SES/DF), na contabilização da demanda tanto de endoscopia respiratória, quanto de endoscopia digestiva alta e baixa (EDA e EDB). Também foram encontrados problemas no monitoramento dos agendamentos.

Ainda verificou-se que os equipamentos utilizados  não têm “contratos de manutenção eficazes”, o que compromete a prestação do serviço público. Também foi constatada a inexistência de contratos de manutenção dos equipamentos de colonoscopia e retossigmoidoscopia, exames para visualização da parte final do intestino grosso, reto e cólon.

Em 22 de março, o TCDF recebeu outra representação sobre a insuficiência de aparelhos para exame de colonoscopia. Segundo o documento, dos 12 aparelhos de colonoscopia existentes no Hospital de Base, apenas dois estariam funcionando. O equipamento serve para a detecção de câncer do intestino grosso e colorretal.

A nova representação deverá subsidiar a auditoria sobre os serviços de endoscopia da rede pública do DF, pois traz informações complementares à fiscalização em curso na Corte. Segundo o documento protocolado no Tribunal, de janeiro a junho de 2021, não houve realização de exames de gastroenterologia na rede pública do DF.

Ainda de acordo com a representação, na rede pública, o procedimento tem sido suficiente apenas para os pacientes em classificação de risco “vermelha” e “amarela”. Na classificação “azul”, há 2.146 pacientes em fila de espera e, na “verde”, há 1.132. Desses, há pacientes que já aguardam por exames desde 2020.

Segundo o documento, a espera por exames de colonoscopia resultou em grande volume de ações judiciais contra a SES/DF, condenada diversas vezes a pagar por exames na rede privada.

Procurada, a secretaria ainda não se manifestou sobre os dados divulgados pelo TCDF. O espaço segue aberto.

 






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