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Taxa de desemprego no DF mantém-se estável em janeiro

Desempenho foi medido pela Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-DF), divulgada nesta quarta-feira (28), na Secretaria Adjunta do Trabalho

atualizado

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Camila Domingues/Palácio Piratini
Carteira de trabalho, desemprego
1 de 1 Carteira de trabalho, desemprego - Foto: Camila Domingues/Palácio Piratini

A taxa de desemprego no Distrito Federal se manteve relativamente estável em janeiro deste ano. Ela alcançou 17,7%, 0,2 ponto percentual a menos que em dezembro de 2017, quando o índice atingiu 17,9%. Esse é o melhor resultado para o período, quando se compara com anos anteriores.

Os dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) foram apresentados nesta quarta-feira (28) em entrevista coletiva da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), no Setor Comercial Sul, na sede da Secretaria Adjunta do Trabalho, da pasta do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos.

Feita em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a PED identificou 286 mil desempregados no DF em janeiro. Houve uma redução de 6 mil pessoas em relação ao mês anterior, quando 292 mil pessoas estavam à procura de ocupação profissional.

Isso se deveu à saída de pessoas da população economicamente ativa (PEA) em maior proporção que a eliminação de postos de trabalho. Em números absolutos, houve variação negativa de 16 mil pessoas na PEA e fechamento de 9 mil postos de trabalho.

Além disso, cresceu a ocupação em postos de trabalho com carteira assinada no setor privado. O aumento foi de 7 mil vagas, o que representa variação positiva de 1,3% em relação a dezembro de 2017.

Também foi identificada a diminuição de ocupação sem carteira assinada. Foram 4 mil vagas sem garantias trabalhistas a menos no setor privado do DF. Em números porcentuais, o dado representa menos 3,6% de empregados sem carteira assinada.

O aumento da formalização indica melhoria no mercado e retomada da economia de Brasília, acredita a coordenadora da PED-DF, Adalgiza Amaral. “O mercado de trabalho leva um tempo para sentir a crise, mas, depois que sofre os efeitos dela, demora um pouco mais para sair”, acrescenta.

Indústria de Transformação foi o setor responsável pela melhoria do desempenho do mercado de trabalho. O contingente empregado passou de 45 mil, em dezembro de 2017, para 47 mil em janeiro de 2018.

O setor de Serviços, por sua vez, apresentou redução de 7 mil postos no período — de 970 mil pessoas em dezembro de 2017 para 963 mil pessoas em janeiro de 2018. Construção Civil manteve-se em 68 mil empregados no período.

Desemprego concentrou-se em grupos de rendas baixa e média alta
A PED-DF revela que o desemprego, no mês avaliado, se destacou no Grupo 2, de trabalhadores com renda média alta e escolarizada. “Esse é um sinal de alerta que precisamos estar atentos para entender o porquê disso”, disse o diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, Bruno Cruz.

A taxa de desemprego apresentou aumento quando se observa o recorte de renda. Trabalhadores do Grupo 4 da PED, ou seja, aqueles com baixa renda, convivem com elevação do índice: de 24,4% em dezembro para 24,7% em janeiro.

Como forma de capacitar trabalhadores das faixas de renda mais baixa, a Secretaria Adjunta do Trabalho oferece o programa de qualificação profissional Qualifica Mais Brasília. Até maio, é possível se matricular na etapa iniciada em julho de 2017.

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