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Conheça Luceli, mãe e avó do DF que pede de Natal sua solidariedade

Família do Sol Nascente precisa de ajuda para comprar fraldas, leite especial e outros alimentos

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Luceli 3
1 de 1 Luceli 3 - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Uma das datas mais esperadas pelas pessoas ao longo do ano, o Natal é responsável por promover mudanças e também a união. O período é, tradicionalmente, destinado à celebração do nascimento de Jesus Cristo, do amor, da solidariedade e da superação. No entanto, diferentemente dos contos de fada, nos quais os protagonistas terminam felizes para sempre, na vida real, o fim perfeito é uma busca diária, cheia de tropeços, frustrações, lutas e realizações. Muitas vezes, é preciso contar com a ajuda das pessoas.

É o caso de Luceli Pereira Costa, 39 anos. A dona de casa, mãe de quatro filhos e avó de um menino, desdobra-se diariamente para manter a residência em harmonia, além de lutar na Justiça pela guarda do neto, de apenas 2 meses, o pequeno Miguel Arcanjo.

A mãe da criança é a filha mais velha de Luceli, uma jovem de 20 anos, dependente química que vive na “cracolândia de Ceilândia”, localizada na QNN 3 do Setor Norte. Miguel nasceu com sífilis. A doença foi transmitida durante a gestação.

“Ela engravidou do Miguel, mas passou a gravidez inteira no crack. O parto ocorreu no Hospital Regional de Ceilândia (HRC). A minha filha fugiu e deixou ele lá. Me ligaram para buscá-lo e assumi a responsabilidade. Meu neto é uma dádiva de Deus. Vou criá-lo com amor e carinho. Tenho buscado ajuda para uma internação, mas ela precisa querer. Como não aceita, gostaria que fosse compulsória”, explicou Lu, como é carinhosamente conhecida.

Conheça a história:

 

Dificuldades
Com uma vida repleta de dificuldades, mas sem deixar a peteca cair, os olhos da mulher não seguraram as lágrimas enquanto ela buscava nas lembranças o que achava pertinente contar sobre a sua história. Falava da convivência com o marido, Leonardo Correa Barbosa, 28, e os outros três filhos, Henrick, 12, portador da síndrome de Down, Ana Miriã, 8, e Ítalo Ryan, 7.

A família vive de aluguel em uma casa, no Setor Habitacional Sol Nascente, com dois quartos, sala, cozinha e um banheiro. “Nós não temos muita coisa. Nem TV nem geladeira. A situação é difícil. Além dos cuidados especiais com meu neto, também estamos batalhando uma cirurgia para o Henrick, meu filho com síndrome de Down, que nasceu com ceratocone. Ele está na lista de transplante de córnea há dois anos e corre o risco de perder a visão”, desabafa.

Batalhadora e muito devota, a goiana de Niquelândia (GO), chegou a Brasília aos 14 anos e tem esperança de dias melhores. Ela nunca se intimidou pelos momentos de dificuldades.

“Sempre trabalhei como doméstica, mas precisei largar o emprego para cuidar dos meninos. Em 2018, foi preciso matar um leão por dia. Não é fácil. Só não podemos perder a esperança de vencer. Estou batalhando pensando na sobrevivência deles”, diz. Segundo Luceli, o marido também está desempregado e, sempre que possível, faz bicos.

Estamos à procura de um emprego para o Leonardo. A única renda fixa que tenho hoje é o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC), concedido ao Henrick

Luceli Pereira Costa
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Sonho natalino
Desempregado, o casal não terá condições de fazer uma ceia neste Natal. Tudo o que tem em casa é fruto de doações. O fogão é antigo, não há geladeira para os mantimentos nem móveis. Miguel também precisa de alimentação especial. “Ele só toma NAN 1. O produto custa cerca de R$ 70 e, por ele sofrer abstinência, consome duas latas por semana. Eu só consigo comprar através de ajuda”, explica.

“Vamos comemorar a data na igreja. Como celebraremos o nascimento de Cristo, toda a honra e glória da minha vida e dos meus filhos e neto dou à Ele. O meu pedido e desejo especial é a recuperação da minha filha mais velha. Quero conseguir a responsabilidade do Miguel e a internação dela, para que possa ver o neném crescer”, pede a avó.

Para ajudar a família com fraldas, latas de leite NAN 1 e alimentos, além de outros tipo de doações, basta ligar para (61) 99442-2507 e falar com Luceli ou Leonardo. Se preferir, também é possível deixar as doações na Federação Habitacional Sol Nascente (Fehsolna) na Avenida P1, Chácara 160, Lote 01, Ceilândia – Telefone: (61) 98627-7152 (tratar com Elizabete).

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