metropoles.com

Seu bolso. Botijão de gás fica até R$ 5 mais caro no DF

Repasse feito pelas engarrafadoras já chegou ao consumidor final nesta segunda-feira (24/9). A maioria, porém, ainda mantém valor

atualizado

Compartilhar notícia

Hugo Barreto/Metrópoles
Gás de cozinha falta
1 de 1 Gás de cozinha falta - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

As distribuidoras de gás já estão repassando o aumento no preço do gás de cozinha aplicado pelas engarrafadoras. No Disk Gás Supergasbras do Guará, o valor subiu de R$ 70 para R$ 73 nesta segunda-feira (24/9). Na Heliogás, em Planaltina, o custo do botijão para o consumidor final passará de R$ 80 para R$ 85, à tarde. 

De acordo com o Sindicato das Empresas Transportadoras e Revendedoras de GLP do Distrito Federal (Sindvargas), a previsão é de que o produto fique, em média, 3,9% mais caro.  “A partir de hoje, acredito que os preços mais altos cheguem ao consumidor. Como o mercado é livre, não temos como precisar o aumento. Mas os revendedores vão ter que repassar esse valor. Não há como absorver esse reajuste”, afirma o presidente da entidade, Sérgio Costa.

O Metrópoles entrou em contato com 11 distribuidoras nesta manhã. Na maioria delas, o produto ainda não tinha aumentado, mas há previsão de que haja mudança a partir desta terça (25).

Tem empresa que promete não mexer no preço. É o caso da Fácil Gás, que atende no Plano Piloto. O botijão é comercializado a R$ 90 e o valor deve ser mantido. “Nós já recebemos o produto 3,61% mais caro na segunda-feira passada. Não vamos repassar ao consumidor. Vai pesar no nosso bolso mais uma vez”, afirmou o proprietário do estabelecimento, Edmar Cardoso.

Do dia 15 de setembro até a última sexta-feira (22/9), o preço médio do botijão de 13kg, segundo levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), era de R$ 73,12 no Distrito Federal. O mais barato custava R$ 62 e o mais caro R$ 85.

Impacto nos condomínios
De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Condomínios Residenciais do Distrito Federal (Sindicondomínios-DF), Antônio Carlos Paiva, os prédios que utilizam gás central geralmente têm impacto quando há aumento no produto.

“Como síndico, digo que há impacto, mas é preciso fazer os cálculos. Na maior parte deles, o gás é dos moradores e não há aumento nas taxas do condomínio. Quando é central, há aumento”, comentou.

Greve dos caminhoneiros
Durante a greve dos caminhoneiros, em maio deste ano, o brasiliense enfrentou uma saga para conseguir gás de cozinha. Os estoques zeraram. O produto é trazido ao DF, principalmente, de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Com a paralisação e o bloqueio de rodovias, o GLP não chegava à capital. Desesperados, consumidores começaram a estocar gás. Teve gente que pagou até R$ 250 por um botijão usado em cozinha industrial, de 45kg, que não é recomendado pelo Corpo de Bombeiros.

 

 

 

 

Compartilhar notícia