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Sem balanças, filas se formam na porta do Lixão e motoristas reclamam

Operação está atrasada, pois apenas dois de quatro aparelhos funcionam. Caminhoneiros estão tendo prejuízos

atualizado

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Walterson Rosa/Especial para o Metrópoles
lixão, caminhoneiros, entulhofila
1 de 1 lixão, caminhoneiros, entulhofila - Foto: Walterson Rosa/Especial para o Metrópoles

Motoristas de caminhões que transportam e despejam entulhos de construção civil fazem paralisação no Lixão da Estrutural nesta sexta-feira (21/9). A interdição foi motivada por atrasos na operação de descarga provocados pela interdição de duas balanças utilizadas para pesagem dos resíduos pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

De acordo com o presidente da Associação dos Coletores do Distrito Federal (Ascoles), Heber Rossi de Freitas, 64 anos, com a interdição das balanças, a operação – que antes durava menos de 30 minutos – está levando até duas horas para ser concluída. Atualmente, o local funciona apenas para descarga dos materiais que sobram das construções civis.

Sem o funcionamento do equipamento, o fluxo fica retido. Ninguém consegue trabalhar e o dia não rende. Os motoristas fazem duas viagens e ficam esperando por horas no sol, dentro da cabine, queimando diesel e poluindo. Todos estamos sofrendo as consequências disso

Heber Rossi de Freitas, presidente da Ascoles

Um dos responsáveis por organizar a paralisação, Heber disse que a greve só terá fim quando “uma solução no mínimo razoável” for apresentada aos motoristas. Até lá, toda a operação está travada. Filas enormes se formam na frente do Lixão e o entulho não será descarregado.

O caminhoneiro Denerval Alves Marques, 71 anos, reclama do prejuízo causado: “Antes, fazia quatro viagens por dia. Agora, só faço uma e olhe lá. Prometeram para a gente sete balanças, e só tem uma funcionando”.

Já Gaspar de Oliveira, 65, trabalha como caminhoneiro há mais de 30 anos e disse nunca ter visto situação parecida. “Está bastante ruim, ficamos duas horas na fila. O número de caminhões aumentou e as balanças diminuíram. Isso que dá colocar equipamentos sem resistência, aí não aguenta a demanda”, criticou.

Um dos chefes do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Rafael França, explicou que uma das balanças está interditada desde a última sexta-feira (14/9). “São duas balanças rodoviárias, uma delas está passando por reforma”, admitiu.

A Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico (Adasa), responsável pela fiscalização do Lixão, disse estar indo ao local para saber o que está ocorrendo. De acordo com a agência, são realizadas fiscalizações periódicas na unidade de recebimento de entulho (URE) e não foram constatadas condições insalubres de trabalho. Neste ano, já foram feitas sete ações fiscalizadoras na localidade.

Para aliviar as filas, o SLU determinou que os caminhões contratados para limpeza pública e os prestando serviços para outros órgãos públicos terão peso calculado por estimativa. “Uma das duas balanças móveis já foi consertada, e a expectativa é que a outra volte a funcionar ainda hoje, o que normalizará a operação”, garantiu o Serviço de Limpeza Urbana.

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