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Suspeita de crime eleitoral. Ações judiciais questionam votação para diretoria da Caixa Beneficente da PM

O pleito, ocorrido no dia 22 de novembro, é alvo de duas ações na Justiça

atualizado

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Suspeitas de crimes eleitorais cometidos durante as eleições da Caixa Beneficente da Polícia Militar (Cabe) prometem esquentar o clima na corporação. As votações ocorridas em 22 de novembro são alvo de duas ações na Justiça. A primeira pede a realização de um segundo turno a partir do argumento de que a chapa vencedora não obteve a maioria dos votos válidos. A segunda argumenta que a chapa 2 cometeu crimes eleitorais: fez boca de urna, forneceu bebidas alcoólicas e transportou os eleitores no dia da votação. O processo pede a impugnação da candidatura vencedora.

A Caixa Beneficente é responsável por garantir alimentos e remédios a preços mais baixos que os comerciais para os policiais. A entidade mantém restaurante, farmácia e supermercado para atender aos funcionários da corporação.

As ações judiciais apresentam fotografias e vídeos feitos no dia da eleição, em áreas próximas à nova sede da Cabe, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). Nas imagens, policiais militares que se preparavam para votar – muitos com camisas cheias de propagandas das chapas – recebem alimentação e bebidas alcoólicas antes de confirmarem suas escolhas.

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A entrega de alimentos e bebidas ocorreu em barracas montadas perto do local de votação. Os policiais abriam os refrigeradores e pegavam as bebidas. Tudo é visto em imagens, que também mostram carros de som fazendo propaganda de uma das chapas. As eleições foram vencidas pela chapa 2, com 1.281 votos de um total de 2.982 válidos. Em segundo lugar, ficou a Coalizão (chapa 1), com 1.065 votos.

De acordo com o advogado Flávio Lemos, que defende a chapa Coalizão, a decisão deveria ser levada a segundo turno. “O regimento interno da Cabe e a lei eleitoral são claros. Uma eleição só é vencida em primeiro turno quando uma das chapas reúne 50% mais um do total de votos aferidos. Não foi isso que aconteceu. Isso sem falar nos crimes eleitorais que ocorreram, comprovados pelas fotografias”, afirmou.

Procurada pela reportagem, a Cabe afirmou, por meio de de sua assessoria, que ainda não recebeu a notificação da Justiça, portanto não poderá se posicionar oficialmente. Representantes da chapa 2 – que venceu as eleições – também foram procurados, mas ninguém foi localizado.

 

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