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Motoboys do crime. PCDF faz operação contra quadrilha violenta

Bando atacava residências de idosos e joalherias, especialmente em Ceilândia e Brazlândia. Líder comandava grupo de dentro da cadeia

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
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1 de 1 operação - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Uma organização criminosa formada por motoboys foi desarticulada em operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrada nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (10/12/2019). Até as 7h, 11 pessoas já haviam sido presas.

Por meio da operação batizada de Dakar, investigadores da Divisão de Repressão a Furtos (DRF) cumprem 15 mandados de prisão temporária e de busca e apreensão em regiões do Distrito Federal e Águas Lindas (GO), no Entorno do DF. Residências, joalherias e vítimas que deixavam agências bancárias com grandes quantias em dinheiro eram o principal alvo dos bandidos.

De acordo com diligências da DRF, vinculada à Coordenação de Repressão a Crimes Patrimoniais (Corpatri), havia um primeiro núcleo da organização composto por motoboys.

Em motocicletas, os criminosos faziam levantamentos e informavam aos líderes da quadrilha sobre as vulnerabilidades dos alvos, especialmente casas onde moravam pessoas idosas que poderiam ter dinheiro, joias e objetos eletrônicos.

Com os dados em mãos, entravam em ação. Armados, os ladrões usavam de extrema violência para render as vítimas, tanto na saída de agências bancárias quanto dentro de casas ou comércios.

Confira como foi a operação:

As apurações da DRF apontaram que, em diversas ocorrências, os suspeitos agrediram moradores e comerciantes com coronhadas durante os assaltos. A maioria dos crimes ocorria em Ceilândia e Brazlândia. Ao menos seis boletins policiais relacionados ao bando foram registrados.

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Falsos policiais

Em uma das ações planejadas pela organização, os assaltantes se disfarçaram de policiais civis para render uma família inteira. Segundo a ocorrência cadastrada na 23ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Norte), o crime ocorreu em 9 de setembro, por volta de 7h30, e foi registrado por câmeras de segurança.

Na ação, três suspeitos armados renderam o morador de uma casa na QNN 18 quando o homem estacionava o veículo. Os bandidos se passavam por falsos policiais civis e, com isso, aproveitavam para fazer a abordagem.

Veja:

As imagens da câmera de segurança e o depoimento das vítimas apontam que os criminosos chegaram ao local utilizando um veículo Ford Fusion branco. Após render o morador, o bando entrou na residência e roubou uma série de objetos, entre joias, dinheiro e aparelhos eletrônicos. Durante todo o roubo, os suspeitos usavam luvas e capuzes para esconder a identidade.

Em outra ação, os mesmos integrantes da quadrilha roubaram uma joalheria, onde funcionários foram rendidos. Os investigadores da DRF identificaram que, apesar de o líder do bando, Lucas Andrades, estar preso na cadeia de Águas Lindas, ele conseguia transmitir as ordens para membros dos núcleos criminosos. Mesmo encarcerado, o mafioso teve mandado de prisão expedido pela Justiça.

Veja a ação na joalheria:

Segundo o diretor da Corpatri, delegado André Leite, a organização criminosa é monitorada há cerca de quatro meses. “Começamos a mapear uma série de ocorrências relacionadas a crimes graves e violentos que seguiam um padrão semelhante. A partir daí, identificamos os integrantes e tivemos sucesso em individualizar o modus operandi de cada um”, explicou.

Já o diretor da DRF, responsável pelas investigações, delegado Fernando Cocito, afirma que o cumprimento dos mandados de busca e apreensão tem como principal objetivo localizar as armas usadas nos crimes e produtos que tenham sido levado das joalheria e das residências das vítimas.

“Esperamos que essa operação sirva para reduzir os crimes contra o patrimônio que eram cometidos de forma violenta por essa quadrilha. Foi um trabalho técnico e importante para trazer paz à população que vive nas regiões atacadas por esses criminosos”, pontuou.

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