metropoles.com

Filho de empresário do DF era alvo de quadrilha de sequestradores

Criminosos planejavam sequestrá-lo e pedir R$ 3 milhões de resgate. Grupo foi preso pela Polícia Civil antes de executar o plano

atualizado

Compartilhar notícia

Divulgação/PCDF
sequestro, polícia civil
1 de 1 sequestro, polícia civil - Foto: Divulgação/PCDF

Uma quadrilha especializada em sequestro relâmpago foi presa pela Divisão de Repressão a Sequestros (DRS) da Polícia Civil do Distrito Federal. A Operação, batizada de Captare, ocorreu entre sábado (11/3) e terça-feira (14). O grupo planejava sequestrar o filho do ex-deputado e dono de uma rede de supermercados José Fuscaldi Cesílio, o Tatico. Após o sequestro, seriam exigidos R$ 3 milhões como resgate.

Três homens, um adolescente de 16 anos e uma mulher foram identificados como integrantes da quadrilha. O grupo chegou a planejar a abordagem ao filho do empresário, mas ao perceberem que o carro da vítima era blindado, optaram por adiar o plano.

Segundo a investigação, os criminosos decidiram cometer crimes menores para financiar o sequestro principal. Os valores arrecadados seriam usados para reformar o cativeiro, na QNO 19 de Ceilândia, incluindo a instalação de isolamento acústico. Outra parte do dinheiro seria destinada à compra de armamento pesado.

Para isso, começaram a realizar sequestros-relâmpago na região de Ceilândia e Taguatinga. Mas os crimes eram cometidos de forma diferente do normal. Em vez de segurar a vítima no carro e passar de banco em banco, eles exigiam as senhas dos cartões e colocavam as pessoas em um cativeiro. A vítima só era liberada após a conclusão da retirada do limite diário da conta bancária.

Os saques eram feitos em shoppings do DF e de Goiás. Algumas imagens de câmeras desses estabelecimentos ajudaram na identificação dos criminosos.

A Polícia Civil informou que os integrantes da associação criminosa são: Yuri Ferreira Dourado, 20 anos; Matheus Bruno Ferreira Dourado, 22; Andreia do Nascimento Xavier, 27; L. F. L, 16 anos, e Adilson Rodrigues, 29, que se apresentava como Rafael até mesmo para os integrantes da quadrilha.

A informação errada dificultou a identificação de Adilson, que é foragido do sistema prisional de São Paulo, onde foi condenado a 20 anos de reclusão pelo crime de latrocínio. Ele seria o mentor do sequestro do filho do empresário.

 

Adilson Rodrigues, 29 anos, um dos integrantes da quadrilha

 

Andreia e Adilson estavam foragidos e foram presos no sábado (11), no município de Biguaçu(SC), por uma equipe da DRS apoiada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Matheus Dourado foi detido em Ceilândia e Yuri Ferreira já cumpria prisão preventiva no Centro de Detenção Provisória (CDP).

Os suspeitos foram indiciados pelos crimes de associação criminosa, roubo, extorsão, corrupção de menores e tentativa de latrocínio.

Sobre os casos
Em 28 de novembro de 2016, os criminosos renderam seis pessoas da mesma família, em Taguatinga Norte, e as mantiveram trancadas em um dos cômodos da casa, para depois subtraírem, além do veículo, diversos objetos e eletrodomésticos da residência.

Mãe e filho foram abordados em 3 de dezembro do mesmo ano. As vítimas saiam de um estacionamento público, próximo ao Taguatinga Shopping. Os criminosos mantiveram mãe e filho amarrados no interior do veículo, enquanto os bandidos realizavam saques e compras com o cartão da mulher. O veículo da família foi levado pelos sequestradores.

Em 5 de dezembro, o grupo cometeu, além do sequestro, uma tentativa de latrocínio contra um casal. O caso também ocorreu em Taguatinga. As vítimas foram abordadas quando deixavam a garagem de casa, a bordo do veículo da família. Uma das vítimas, um senhor de 73 anos, depois de rendido, foi em direção a um dos assaltantes e acabou sendo alvejado por um disparo de arma de fogo.

Um dia depois, o grupo abordou uma outra vítima nas proximidades do supermercado Tatico, em Ceilândia. A mulher foi levada até um cativeiro na QNO 19, na região administrativa. Os criminosos fizeram saques no shopping de Águas Lindas (GO) e no Alameda Shopping, em Taguatinga.

0

Compartilhar notícia