metropoles.com

Crime com dia e hora marcados. Maior número de roubos com restrição de liberdade ocorre aos sábados à noite

Dados são da Secretaria da Segurança Pública e Paz Social. Das 31 regiões administrativas, só o Varjão não teve registro de roubos com restrição de liberdade e sequestros-relâmpagos no ano passado

atualizado

Compartilhar notícia

Andre Borges/Agência Brasília
polícia roubo carro
1 de 1 polícia roubo carro - Foto: Andre Borges/Agência Brasília

Segundo levantamento da Secretaria da Segurança Pública e Paz Social do Distrito Federal, os sábados concentram o maior número de roubos com restrição a liberdade e sequestros-relâmpago no DF. No ano passado, foram 91 ocorrências nesses dias, o que correspondeu a 17% das 530 registradas ao todo. Em relação ao horário, a noite é o período mais crítico. Em 2015, 44% dos casos ocorreu entre as 18h e as 24h.

Das 31 regiões administrativas, só o Varjão não teve registro de roubos com restrição de liberdade e sequestros-relâmpagos no ano passado. Em cinco cidades, observou-se crescimento do número de casos. Em Ceilândia, as ocorrências passaram de 89 para 102, um aumento de 15%. Já em Santa Maria passou de 37 para 25, alta de 41%. São Sebastião (de 8 para 9), Lago Sul (de 3 para 4) e Candangolândia (de 2 para 3) são outras áreas que apresentaram acréscimo.

Ao todo, no entanto, houve redução dos registros no DF. Em 2015, as 530 ocorrências representaram diminuição de 30% em relação às 757 registradas em 2014. De acordo com o levantamento feito pela secretaria, Paranoá e Sobradinho estão entre as regiões administrativas que apresentaram maior queda nessas duas modalidades criminosas (69% e 68%, respectivamente). Na sequência, com 60% a menos, aparece Taguatinga, que em 2014 ocupava o primeiro lugar no ranking de pessoas assaltadas e mantidas sob ameaça de bandidos por algum período

Diferença
Os roubos com restrição de liberdade representam grande parte dos registros (525 do total de 530). Embora muita gente não saiba, existe distinção em relação aos dois crimes. O sequestro-relâmpago ocorre quando a própria vítima, ameaçada, realiza compras ou saques. Já no roubo com restrição de liberdade, a pessoa também fica aprisionada pelo autor do crime por um determinado período de tempo, mas não é obrigada a tirar dinheiro em caixa eletrônico. Nesses casos, normalmente, os bandidos usam esse artifício para garantir maior tempo na fuga.

O estudo demonstra que de 60% a 70% dessas ocorrências têm relação com roubos de veículos. Levando em consideração esses números, segundo o GDF, a Polícia Militar reforçou o patrulhamento ostensivo em estacionamentos públicos. No início dos meses, quando a maior parte dos moradores da capital recebe o pagamento, a PMDF também reforça o patrulhamento no perímetro de agências bancárias.

O subsecretário de Gestão da Informação, da Secretaria da Segurança, Marcelo Durante, destaca ainda as ações do programa Viva Brasília — Nosso Pacto pela Vida como fundamentais para a melhora das estatísticas. “Quando o Estado aprimora a iluminação pública ou poda árvores de uma região, os bandidos contam com menos locais para se esconder.” Com informações da Agência Brasília.

Compartilhar notícia