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Assassino de servidor do Itamaraty já havia matado outra vítima

Um mês antes de estrangular funcionário do MRE, em outubro de 2016, o criminoso tinha tirado a vida de trabalhador do Metrô-DF

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1 de 1 - Foto: Reprodução

Condenado a 15 anos e 3 meses de prisão pelo assassinato do assistente de chancelaria do Itamaraty Josué Nóbrega Pereira, em outubro de 2016, o garoto de programa Anderson Vieira Brito (foto em destaque), 19, é acusado de outra morte.

O criminoso confessou ter tirado a vida do servidor do Metrô-DF Mauro Sérgio Barbosa Xavier, 50 anos, um mês antes de estrangular o funcionário do Itamaraty, dentro do apartamento da vítima, no Bloco B da 307 Sul.

O inquérito responsável por investigar a morte do servidor do Metrô-DF está na Coordenação de Homicídios (CH) e já concluiu que o garoto de programa matou Mauro Sérgio. Investigadores estiveram no Complexo Penitenciário da Papuda para fazer o interrogatório do suspeito, e a autoria do crime foi confessada pelo acusado. No entanto, Anderson não responderá pelo homicídio em razão de ter cometido o assassinato nove dias antes de completar 18 anos.

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O garoto de programa confessou à polícia o assassinato de Mauro Sérgio

 

O que levou a polícia a ligar os dois assassinatos foi o fato de Mauro Sérgio ter registrado ocorrência de furto de veículo na 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) dois meses antes de ser morto. O servidor contou aos policiais que Anderson havia levado seu carro. Dias depois, os policiais recuperaram o automóvel, que estava em poder do garoto de programa.

Assassino em série
Após encontrarem o corpo do servidor do Metrô-DF em um matagal na chamada Área Alfa, de propriedade da Marinha, que fica próximo à BR-060, os investigadores deram início à apuração e identificaram o relacionamento amoroso entre a vítima e Anderson.

“O autor confessou e contou detalhes do que houve naquele dia. Identificamos traços de psicopatia nele, que até pediu para ver as fotos do corpo. O cadáver foi encontrado na mesma posição que Anderson disse tê-lo deixado”, disse um dos policiais responsáveis pelas diligências do caso.

O inquérito será relatado à Vara da Infância da Juventude, em razão de o garoto de programa ter cometido o assassinato quando ainda era menor de idade. À época do crime, ele tinha 17 anos e, portanto, o homicídio não terá efeito penal na condenação de Anderson, que cumprirá a punição em regime fechado relacionada à morte do servidor do Itamaraty.

Quando era adolescente, Anderson foi apreendido seis vezes: três delas por porte ilegal de drogas e as outras por roubo ou furto de veículos. “Mesmo preso, ele não demonstrou qualquer arrependimento ou constrangimento em contar como matou as vítimas. Mesmo se tratando de um jovem que ainda nem completou 20 anos”, contou o policial.

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O servidor do Itamaraty foi morto um mês após Anderson Vieira matar outra vítima

 

Julgamento
Anderson foi condenado pelo Tribunal do Júri de Brasília na terça-feira (10), pelos crimes de furto e homicídio triplamente qualificado. De acordo com a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), os delitos aconteceram após uma discussão a respeito do preço acordado de um programa.

Irritado, Anderson asfixiou com um cinto o assistente de chancelaria, no apartamento do servidor. E, antes de fugir com o carro de Josué, um Peugeot 208, furtou pertences da vítima. O assassino foi encontrado no dia seguinte ao ocorrido, enquanto conduzia o veículo do funcionário público, no Paranoá.

À Polícia Civil, o garoto de programa confessou os crimes. Em um dos momentos de maior comoção do julgamento, a acusação apresentou uma gravação com fotos e vídeos feitos por familiares de Josué. Alguns não conseguiram conter a emoção e tiveram de ser amparados. A tia da vítima estava inconsolável.

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